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Choques em santuários no Iraque deixam 27 jihadistas mortos

22/10/2014 06h18

Mossul (Iraque), 22 out (EFE).- Pelo menos 27 combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) morreram em enfrentamentos com as chamadas Forças de Proteção de Sinjar ontem à noite em torno de dois santuários no norte do Iraque, informou nesta quarta-feira à Agência Efe um responsável das Forças.

As Forças de Proteção de Sinjar conseguiram recuperar o controle de duas zonas da província de Ninawa onde ficam os santuários de Sharaf el Din e Amadin, muito importantes para a minoria yazidi.

Um dirigente deste grupo, Luqman al Jansuri, revelou que quatro de seus homens também morreram e três ficaram gravemente feridos nos confrontos.

Os combates explodiram depois que estas áreas, dois quilômetros ao oeste do monte Sinjar, caíssem nas mãos do EI horas ontem durante algumas.

Jansuri explicou que os confrontos duraram mais de três horas e foram liderados pela tribo de Al Hababa, uma das maiores de Sinjar.

Antes de deixarem o santuário de Amadin, os jihadistas detonaram explosivos no lugar e destruíram a cúpula.

Sharaf el Din e Amadin são considerados lugares sagrados pelos yazidies, de etnia curda e cuja religião se baseia no zoroastrismo, e visitados por milhares cada ano.

Há três dias outros dez jihadistas do EI morreram e cinco membros das forças curdas ficaram feridos em enfrentamentos também no oeste do monte Sinjar.

Os extremistas lançaram um ataque a uma posição defendida pelas Forças de Proteção de Sinjar e Unidades de Proteção do Povo curdo, em um enfrentamento que durou mais de seis horas.

O monte Sinjar foi refúgio, em agosto, de milhares de pessoas da minoria curda yazidi que fugiram dos jihadistas que tomaram a cidade de mesmo nome, os obrigando deixarem suas casas para não serem assassinados.

Mais de 500 mil yazidies e membros de outras religiões minoritárias fugiram do norte do Iraque desde junho, quando o EI lançou uma ofensiva relâmpago em Ninawa e tomaram o controle de Mossul, e centenas de pessoas foram assassinadas, segundo dados da ONU.EFE

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