Governo israelense aprova projeto que definirá Israel como estado judeu
Jerusalém, 23 nov (EFE).- O Conselho de Ministros do governo presidido por Benjamin Netanyahu aprovou neste domingo um polêmico projeto de lei para definir Israel como "estado judeu", após uma sessão na qual o primeiro-ministro teve ásperas discussões com vários ministros de centro.
O projeto foi aprovado com os votos a favor dos três partidos nacionalistas - Likud, Yisrael Beiteinu e Lar Judeu -, e se pronunciaram contra as legendas de centro Yesh Atid, a ministra da Justiça, Tzipi Livni, e a de esportes Limor Livnat (esta última do Likud).
"No Estado de Israel, há igualdade individual para todos os cidadãos, mas o direito nacional (está reservado) só para o povo judeu", disse o primeiro-ministro ao abrir a turbulenta sessão do Conselho.
O projeto de lei, proposto por quatro deputados ultranacionalistas, foi aprovado com placar de 15 votos a favor e 7 contra.
Líder do partido Yesh Atid, o ministro das Finanças, Yair Lapid, descreveu a lei como "fatal e redigida unicamente para as primárias do Likud", enquanto vários outros ministros lembraram o policial druso morto nesta semana defendendo uma sinagoga para apelar ao bom julgamento dos titulares das pastas.
"O que dirão à família dele, que é um cidadão de segunda classe?", queixaram-se ao exigir a Netanyahu que reconsiderasse sua posição.
O projeto de lei faz parte da política do Likud e do Yisrael Beiteinu desde o último mandato, e há meses é discutido para se chegar a uma fórmula de consenso para todos os partidos no governo.
Devido a um problema burocrático no processo de legislação, a proposta que o Conselho de Ministros aprovou hoje é na realidade uma fusão de dois projetos de lei individuais da extrema-direita, que passarão agora a votação preliminar no Parlamento.
Quando o texto chegar ao Congresso, espera-se que Netanyahu modere os elementos notoriamente nacionalistas do projeto, de modo que o caráter judeu de Israel seja equiparável - e não superior - a seu caráter democrático, em uma mostra de respeito às minorias, essencialmente de origem árabe.
O projeto é visto com receio por estas porque que temem ver seus direitos civis afetados no futuro.
Netanyahu também deve eliminar a exigência de que o hebraico seja a única língua oficial do país, como cobrado pela extrema-direita.
"Não teríamos chegado aqui se Livni tivesse se comportado de outra maneira", queixou-se o primeiro-ministro ao se justificar por ter aceitado os projetos de lei individuais, ao invés de o governo pactuar um mais moderado.
A legislação israelense tinha se abstido de definir o Estado de Israel como "estado judeu" desde sua concepção, em 1948, embora a declaração de independência desse ano assim o estipulasse.
O projeto foi aprovado com os votos a favor dos três partidos nacionalistas - Likud, Yisrael Beiteinu e Lar Judeu -, e se pronunciaram contra as legendas de centro Yesh Atid, a ministra da Justiça, Tzipi Livni, e a de esportes Limor Livnat (esta última do Likud).
"No Estado de Israel, há igualdade individual para todos os cidadãos, mas o direito nacional (está reservado) só para o povo judeu", disse o primeiro-ministro ao abrir a turbulenta sessão do Conselho.
O projeto de lei, proposto por quatro deputados ultranacionalistas, foi aprovado com placar de 15 votos a favor e 7 contra.
Líder do partido Yesh Atid, o ministro das Finanças, Yair Lapid, descreveu a lei como "fatal e redigida unicamente para as primárias do Likud", enquanto vários outros ministros lembraram o policial druso morto nesta semana defendendo uma sinagoga para apelar ao bom julgamento dos titulares das pastas.
"O que dirão à família dele, que é um cidadão de segunda classe?", queixaram-se ao exigir a Netanyahu que reconsiderasse sua posição.
O projeto de lei faz parte da política do Likud e do Yisrael Beiteinu desde o último mandato, e há meses é discutido para se chegar a uma fórmula de consenso para todos os partidos no governo.
Devido a um problema burocrático no processo de legislação, a proposta que o Conselho de Ministros aprovou hoje é na realidade uma fusão de dois projetos de lei individuais da extrema-direita, que passarão agora a votação preliminar no Parlamento.
Quando o texto chegar ao Congresso, espera-se que Netanyahu modere os elementos notoriamente nacionalistas do projeto, de modo que o caráter judeu de Israel seja equiparável - e não superior - a seu caráter democrático, em uma mostra de respeito às minorias, essencialmente de origem árabe.
O projeto é visto com receio por estas porque que temem ver seus direitos civis afetados no futuro.
Netanyahu também deve eliminar a exigência de que o hebraico seja a única língua oficial do país, como cobrado pela extrema-direita.
"Não teríamos chegado aqui se Livni tivesse se comportado de outra maneira", queixou-se o primeiro-ministro ao se justificar por ter aceitado os projetos de lei individuais, ao invés de o governo pactuar um mais moderado.
A legislação israelense tinha se abstido de definir o Estado de Israel como "estado judeu" desde sua concepção, em 1948, embora a declaração de independência desse ano assim o estipulasse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.