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Suíço consegue escapar após 2 anos como refém de terroristas nas Filipinas

Imagem divulgadas pelas Forças Armadas das Filipinas mostra o suíço Lorenzo Vinciguerra, que foi resgatado após ter sido mantido como refém por mais de dois anos pelo grupo islâmico Abu Sayyaf, no sul do país - Forças armadas das Filipinas/Epa/Efe
Imagem divulgadas pelas Forças Armadas das Filipinas mostra o suíço Lorenzo Vinciguerra, que foi resgatado após ter sido mantido como refém por mais de dois anos pelo grupo islâmico Abu Sayyaf, no sul do país Imagem: Forças armadas das Filipinas/Epa/Efe

Em Manila

06/12/2014 06h43

Um cidadão suíço que era mantido como refém há mais de dois anos pelo grupo radical islâmico Abu Sayyaf, no sul das Filipinas, conseguiu escapar neste sábado (6) durante um ataque do Exército, informaram fontes militares.

A organização, que possui vínculos com a Al Qaeda e apoiou publicamente o Estado Islâmico (EI), ainda mantém em seu poder o holandês Ewold Horn, capturado juntamente com o suíço em fevereiro de 2012 quando os dois, que são ornitólogos amadores, observavam aves raras na ilha de Tawi-Tawi, no sul das Filipinas.

Um porta-voz do Exército declarou à imprensa que o suíço Lorenzo Vinciguerra está bem, mas foi ferido durante a fuga porque lutou com seus sequestradores, segundo o meio de comunicação local "Rappler".

De acordo com o capitão Rowena Muyuela, o Exército bombardeou a área de floresta onde os sequestradores estavam refugiados, na ilha de Sulu, a cerca de 960 quilômetros ao sul da capital Manila, e Vinciguerra aproveitou o caos para atacar Juhurim Hussein, subcomandante do Abu Sayyaf.

O suíço tomou o facão do terrorista e golpeou seu pescoço, o que aparentemente o matou. Em seguida, fugiu para a floresta, mas acabou se ferindo ao escapar dos outros sequestradores, segundo a versão oferecida pelos militares.

O Abu Sayyaf é formado por cerca de 400 rebeldes e libertou um casal de turistas alemães, em outubro, e a uma menina de oito anos, em novembro, após receber pagamento de resgate.

O grupo mantém em seu poder, além do holandês citado, um guarda costeiro malaio e uma mulher chinesa e sua filha.

A organização foi criada em 1991 por alguns ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética. O Abu Sayyaf é acusado de ser o responsável pelos atentados mais sangrentos nas Filipinas, além de vários sequestros com os quais se financia.