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Fronteira Paraguai-Brasil tem taxa de homicídios próxima à pior do mundo

26/01/2015 17h59

Assunção, 26 jan (EFE).- O índice de homicídios no departamento paraguaio de Amambay, na fronteira com o Brasil e por onde passa grande parte do narcotráfico da América do Sul, se situou em 66,73 casos por cada 100.000 habitantes em 2014, número perto do de Honduras, país com mais crimes deste tipo em todo o mundo.

A taxa é muito superior à do Paraguai em seu conjunto, localizada no ano passado em 7,98 homicídios por cada 100.000 habitantes, o que a coloca entre as cinco mais baixas da região, informou nesta segunda-feira o Ministério do Interior do país vizinho.

Concretamente, os números de Amambay se aproximam dos 70 assassinatos por cada 100.000 habitantes registrados em Honduras, o país com a maior taxa de homicídios do mundo, segundo a ONU.

No entanto, o índice de Amambay representa uma queda em relação ao de 71,57 homicídios de 2013, segundo os dados do Observatório Nacional de Segurança e Convivência Cidadã do Ministério.

Em todo o Paraguai, em 2014 o índice de homicídios por cada 100.000 habitantes diminuiu 3,85% em relação a 2013, o que situa o país guarani entre os cinco com menor índice de homicídios na América Latina, junto a Chile, Uruguai, Peru e Nicarágua, segundo o governo paraguaio.

Segundo o Ministério do Interior paraguaio, a média na América é de 15,2 homicídios por cada 100.000 habitantes.

Além de Amambay, o governo paraguaio cataloga como "zonas críticas" os departamentos de Concepción, Alto Paraná, San Pedro e Canindeyú pela presença do crime organizado, do narcotráfico e do grupo armado Exército do Povo Paraguaio (EPP).

Encravado entre Bolívia, Brasil e Argentina, o Paraguai se transformou no maior produtor de maconha da região e um importante corredor de cocaína em nível regional, segundo a Secretaria Antidrogas paraguaia (Senad).