Vídeo divulgado pelo EI mostra jovens executando 25 soldados sírios
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) publicou neste sábado um vídeo na internet em que mostra jovens, aparentemente menores de idade, executando 25 soldados sírios no teatro romano de Palmira, no centro da Síria.
Na gravação, de mais de nove minutos e cuja autenticidade ainda não pôde ser comprovada, as vítimas aparecem de joelhos e em fila. Os jovens, então, as executam com tiros na cabeça pelas costas. Uma multidão de homens assiste a cena na plateia.
Em sequências anteriores do vídeo, o EI mostra imagens da tomada de Palmira no dia 20 de maio e a prisão da população do local. Também antes da execução, o vídeo dos jihadistas exibe os prisioneiros que serão mortos sendo tirados de suas celas e conduzidos em veículos 4x4 pela parte moderna da cidade até o teatro romano, situado na região arqueológica.
A gravação se encerra com o degolamento de outro prisioneiro das forças governamentais pelas mãos de um jihadista adulto e com imagens da explosão da prisão de Palmira.
No último dia 27 de maio, o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou sobre a morte de 20 membros das forças do regime de Bashar al Assad por membros do EI no teatro romano de Palmira. No entanto, a organização não explicou se os autores dos assassinatos também eram menores de idade.
Três dias depois, de acordo com o Observatório, o centro penitenciário de Palmira, símbolo da repressão do regime, foi destruído com explosivos pelos extremistas.
Não é a primeira vez que menores de idade são protagonistas de vídeos do EI. Em pelo menos duas ocasiões anteriores e com fins de propaganda, crianças foram usadas em gravações nas quais supostamente assassinavam dois russos e um árabe-israelense, acusados pelos radicais de serem espiões.
As ruínas de Palmira são um dois seis locais sírios incluídos na lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
Os jihadistas divulgaram ontem fotografias da destruição de seis bustos de pedra originais da cidade, que fica na província de Aleppo no norte da Síria, apesar de o Observatório garantir que se trata de peças falsas.
Por enquanto, não foi confirmado que a região arqueológica de Palmira tenha sofrido algum prejuízo.
Antes do início do conflito na Síria, em março de 2011, as ruínas de Palmira, com seus teatros e templos, foram um dos principais centros turísticos do país árabe.
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