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COP21 aprova pré-acordo para ser aprovado por ministros

05/12/2015 11h15

Paris, 5 dez (EFE).- O plenário da Conferência do Clima de Paris (COP21) aprovou neste sábado a minuta do acordo de luta contra a mudança climática que deverá ser aprovada pelos ministros de cerca de 200 países na próxima semana para que possa ser assinado em 11 de dezembro, último dia do evento.

A aprovação ocorre após um ciclo de seis anos de trabalho iniciado na cúpula do clima de Durban (2011), quando se começou a trabalhar em prol do pacto global de luta contra a mudança climática que deve ser avalizado na próxima sexta-feira em Paris.

A minuta do acordo, que conta com 48 páginas e muitas possibilidades abertas e já integra as 196 "partes" da COP, é um "sinal para o otimismo visando a próxima semana" disse no plenário a embaixadora francesa na cúpula, Laurence Tubiana.

O documento aprovado consta do "Acordo de Paris" (que assim será chamado oficialmente), de 22 páginas, assim como de um conjunto de decisões de 21 páginas e de um anexo de outras cinco com 96 propostas de aspectos a serem mudados no texto.

"Sobre esta base deverão negociar os ministros" que na segunda-feira chegarão a Paris, disse Tubiana, que advertiu que o governo francês "não tem um plano B" ou um texto simplificado alternativo, embora "também não seja necessário".

Tubiana expressou o desejo da presidência francesa da COP de contar com o acordo final na manhã de 10 de dezembro para que juristas o revisem, tradutores o preparem nos seis idiomas oficiais das Nações Unidas e para que ele possa ser assinado na sexta-feira.

A embaixadora francesa reconheceu que o documento aprovado "indica o desejo de todos de conseguir um grande pacto na semana que vem", mas que "ainda não estamos no final do caminho" e "a maior parte dos temas mais problemáticos continua sem ser resolvida".

Depois de Tubiana, discursaram no plenário da COP os porta-vozes de todos os grupos de negociação, que concordaram com a ideia lançada pela chefe da equipe negociadora da União Europeia (UE), Elina Bardram, de que este é "um texto aceitável para todos".

"Não é fácil. Se fosse fácil, não estaríamos todos aqui agora", disse por sua vez a secretária da convenção de mudança climática da ONU, Christiana Figueres.