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Chefe do Estado-Maior turco foi ameaçado por seus próprios colaboradores

O chefe do Estado-Maior da Turquia, Hulusi Akar, durante coletiva de imprensa  - AP Photo
O chefe do Estado-Maior da Turquia, Hulusi Akar, durante coletiva de imprensa Imagem: AP Photo

Em Ancara

17/07/2016 08h50

O chefe do Estado-Maior da Turquia, Hulusi Akar, tomado como refém durante 12 horas no marco do fracassado golpe de Estado, explicou neste domingo (17) que foi detido e ameaçado por seus colaboradores mais próximos, informa o canal "NTV".

O general relatou ontem, em reunião a portas fechadas com os líderes dos partidos políticos no parlamento turco, que alguns de seus colaboradores o ameaçaram com suas armas e lhe forçaram a assinar a declaração dos golpistas, segundo o meio.

Akar passou 12 horas detido na base aérea Akinci, situada perto de Ancara, antes de ser resgatado. Segundo o general, ele foi ameaçado de ser estrangulado com um cinto, embora lhe prometeram que se assinasse uma declaração, sua vida não iria correr perigo.

Durante sua estadia na base aérea, o general não recebeu água e nem comida, garantiu. O canal "CNNTÜRK" informa hoje que após o golpe, vários generais turcos perderam confiança em seus guardas pessoais e os substituíram por civis.

Enquanto isso, segue a incerteza sobre o destino de três importantes comandantes do Exército, da Força Aérea e da Marinha, que, apesar de oficialmente estarem a salvo, não foram vistos em público desde a tentativa golpista.

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UOL Notícias