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Inundações na Alemanha podem custar 12 bilhões de euros, alerta Fitch

 Thomas Peter / Reuters
Imagem: Thomas Peter / Reuters

11/06/2013 19h40

BERLIM, 11 Jun (Reuters) - As inundações que devastaram partes do sul e leste da Alemanha poderão brevemente impedir o crescimento da maior economia da Europa, disse uma entidade da indústria, enquanto a agência de classificação de risco Fitch alertou que o custo econômico poderá chegar a 12 bilhões de euros.

A cifra superaria os danos vistos em 2002, quando a região sofreu com a elevação do nível das águas em uma escala semelhante ao ocorrido neste ano.

Centenas de milhares de pessoas na Alemanha, na República Tcheca e na Eslováquia foram retiradas de suas casas na última semana, quando enchentes varreram cidades da Europa Central, fazendo com que as fábricas interrompessem a produção.

O chefe da associação industrial BDI da Alemanha, Ulrich Grillo, disse que seria difícil, mas ainda possível, para a Alemanha atingir o crescimento de 0,8 por cento previsto pela entidade para este ano.

"É difícil avaliar o impacto das inundações", disse Grillo, acrescentando que o trabalho de reconstrução irá, provavelmente a longo prazo, compensar o impacto inicial sobre a economia.

No entanto, o Ministério da Economia afirmou que o crescimento acelerou no segundo trimestre ajudado pelo aumento da demanda por bens industriais alemães, e o ministro Philipp Roesler disse que a previsão do governo para um crescimento de 0,5 por cento neste ano era gerenciável.

A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, que enfrenta uma eleição em setembro, prometeu 100 milhões de euros em ajuda às áreas inundadas, incluindo em torno de Passau, no sul da Baviera, em Dresden, no leste do Estado da Saxônia, e em outras áreas mais ao norte.

O Instituto de Pesquisa Econômica de Colônia afirmou que as inundações poderão custar mais de 6 bilhões de euros.

A Fitch disse que as seguradoras poderão ter um impacto de até 3 bilhões de euros com reivindicações de indenizações, mas que não haveria nenhuma grande ameaça para suas classificações de crédito.

(Reportagem de Gernot Heller, em Berlim; de Jonathan Gould e Alexander Huebner, em Frankfurt; e de Michael Shields, em Viena)