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Energia eólica pode suprir quase 20% da demanda global até 2030, diz estudo

FABRIZIO BENSCH
Imagem: FABRIZIO BENSCH

21/10/2014 11h44

LONDRES (Reuters) - A capacidade instalada de energia eólica pode crescer 530 por cento, ou para dois mil gigawatts (GW), até 2030, fornecendo até 19 por cento da eletricidade global, afirmou relatório de uma associação comercial e do Greenpeace nesta terça-feira.

Segundo o documento, a capacidade instalada de energia originada pelos ventos totalizou 318 GW em todo mundo no final do ano passado e gerou cerca de três por cento da eletricidade global. Esta capacidade deve aumentar em outros 45 GW, para um total de 363 GW, neste ano.

Em algumas partes do mundo, especialmente na Europa, há pessoas que vêm se opondo à energia eólica por causa dos subsídios do governo, que elas afirmam ter contribuído para um aumento crescente nas contas de energia.

Mas Steve Sawyer, executivo-chefe do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), disse: “A energia eólica se tornou a opção menos custosa quando acrescenta uma nova capacidade à rede elétrica em um número cada vez maior de mercados, e os preços continuam a cair”.

O GWEC, que representa 1.500 geradores de energia eólica, contempla o amanhã desta indústria em 2020, 2030 e 2050 em três situações tendo por base a redução de emissões atual e futura e as políticas de fomento à energia renovável.

Baseada em previsões da Agência Internacional de Energia, a entidade afirmou que a capacidade instalada cumulativa de energia eólica pode chegar a 611 GW até 2020 e a 964 GW até 2030.

No panorama “moderado” do relatório, ancorado em políticas de energia renovável existentes e supondo que a redução de emissões definida no ano que vem em Paris nos termos de um acordo climático global seja modesta, a capacidade eólica instalada pode chegar a 712 GW até 2020, a 1.500 GW até 2030 e a cerca de 2.670 GW até a metade do século.

Isso significa que a energia eólica pode suprir de 7 a 8 por cento da demanda de eletricidade global até 2020, de 13 a 15 por cento até 2030 e de 17 a 20 por cento até 2050.

No cenário mais “avançado”, baseado em taxas de crescimento mais ambiciosas e supondo que um acordo climático global mais robusto seja aprovado, a capacidade eólica pode alcançar 800 GW até 2020, quase 2 mil GW até 2030 e mais de 4 mil até 2050.

O documento identificou Brasil, México e África do Sul como áreas para um novo crescimento na energia eólica. O Brasil deve instalar quase 4 GW só neste ano.

O relatório está disponível na íntegra em www.gwec.net/.

(Por Nina Chestney)pic

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Ou seja, a projeção mais "avançada" para capacidade de produção de energia eólica é compatível com os pré-requisito do cenário mais otimista da intensificação do Aquecimento Global. Uma notícia animadora, quando comparada àquele do aumento de 0,72 ºC na temperatura média anual da terra na última década. Em outras palavras: contingencialmente, podemos contar com a energia solar caso se concretize o cenário mediano da intensificação do fenômeno climático, e com a energia nuclear, para o caso do cenário pessimista. Para efeito de curiosidade, os investimentos globais em tecnologia solar são maiores do que o eólicos: em 1 segundo, o sol nos manda mais energia do que toda consumida pela humanidade num dia. Daí a importância e o alto custo do desenvolvimento e domínio dessa tecnologia. 250 g de urânio enriquecido possui o equivalente energético a 5.000 barris de petróleo, Daí a importância de não descartarmos essa tecnologia.


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