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Líder do PT na Câmara avalia que indicação de Marta visa reaproximação com PR

A senadora Marta Suplicy fala com jornalistas, em Brasília, nesta terça-feira. A ex-prefeita de São Paulo assumirá o Ministério da Cultura, após a saída de Ana de Hollanda - José Cruz/Agência Brasil
A senadora Marta Suplicy fala com jornalistas, em Brasília, nesta terça-feira. A ex-prefeita de São Paulo assumirá o Ministério da Cultura, após a saída de Ana de Hollanda Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Daniela Martins

11/09/2012 21h04

O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), avaliou nesta terça-feira que a indicação da senadora Marta Suplicy (PT-SP) para o Ministério da Cultura é uma estratégia para aproximar o PR do governo federal. Para o petista, a intenção da presidente Dilma Rousseff é retomar o apoio da sigla, que deixou a base aliada ao Palácio do Planalto no ano passado. Ao indicar Marta, Dilma permitiu que o suplente, que é o PR, tome posse. A movimentação, segundo Tatto, tem vistas à eleição presidencial de 2014.

"Dilma está se preparando para 2014. A indicação foi no sentido de recompor com o PR", declarou. O líder rejeitou que a escolha de Marta para substituir Ana de Hollanda no ministério tenha sido uma recompensa à petista, já que a senadora foi preterida na disputa com Fernando Haddad para concorrer à Prefeitura de São Paulo. "Marta ia gravar [propaganda eleitoral para Haddad] independente disso", disse.

O líder afirmou que a escolha da ex-prefeita de São Paulo para o cargo é positiva para o partido, já que Marta, para ele, é um dos nomes mais conhecidos da sigla. "Depois de Lula e Dilma, Marta é quem tem mais visibilidade dentro do PT", avaliou Tatto, se referindo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff. Além disso, Tatto, que foi secretário na gestão de Marta na prefeitura da capital paulista, disse que ela tem "perfil" e experiência como prefeita e ministra do Turismo, o que deve ajudá-la no novo cargo.

A mesma avaliação foi feita pelo presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). "A senadora é experiente, conhece a gestão pública como poucos. Foi prefeita, ministra e senadora. Tem todas as condições de produzir bom trabalho no Ministério da Cultura e estabelecer boas conexões com o parlamento", disse. Maia também disse que Marta é "militante do PT reconhecida" e que atuava na campanha de Fernando Haddad "dentro e suas possibilidades". "Não acredito e não percebo nenhum intenção ou conotação de pagamento de dívidas ou dividendos políticos", disse sobre o convite da presidente à senadora.