'O que descobri ao trocar cartas e visitar o Maníaco do Parque 10 vezes'

Por UOL

Simone Lopes Bravo, fonoaudióloga, iniciou contato com Francisco de Assis Pereira, o "maníaco do parque", por meio de cartas, originando o livro "Maníaco do Parque: A Loucura Lúcida".

Lalo de Almeida/Folhapress

Inspirada por seu interesse em psiquiatria e pela série "Mindhunter", Simone buscou entender a mente de um assassino em série, escrevendo para oito detentos e recebendo resposta apenas de Francisco.

Renata Freitas/Folhapress

Simone e Francisco trocaram mais de 50 cartas, e ela o visitou na penitenciária após esperar cerca de um ano para autorização, estabelecendo um vínculo gradual.

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O conteúdo das cartas variava entre religião, espiritualidade e assuntos pessoais, com Francisco frequentemente mencionando a Bíblia.

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Simone relata a comunicação como confusa e manipuladora, percebendo oscilações de comportamento e a desorganização de pensamento de Francisco.

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Na visita presencial, entre vidro e telefone, Simone precisou ser específica nas perguntas, mas Francisco frequentemente desviava ou evitava responder.

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Ao sair da penitenciária, Simone anotava as conversas para não perder detalhes, considerando o impacto emocional e a manipulação exercida por Francisco.

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Inicialmente, as conversas fluíam, mas para escrever o livro, Simone teve que direcionar as perguntas, percebendo resistência e manipulação.

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Após concluir o livro e voltar a Portugal, Simone continua a trocar cartas com Francisco, agora intermediadas por uma advogada.

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Simone acredita que o sistema prisional e a psiquiatria deveriam oferecer mais apoio a detentos com patologias graves, que ainda são um tabu na sociedade.

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Publicado em 31 de outubro de 2024.

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