PERSONAGEM DA SEMANA

Wajngarten, o homem que mudou (para pior) a situação do governo na CPI da Covid

Por Hanrrikson de Andrade e Luciana Amaral

CPI 'em chamas'

O depoimento do ex-chefe da Secom serviu como gasolina à já incendiária CPI da Covid, no Senado, que investiga se Jair Bolsonaro cometeu crimes, por ação ou omissão, na pandemia.
Leopoldo Silva/Agência Senado

Chá de cadeira na Pfizer

No depoimento, Wajngarten confirmou que a Pfizer, dona de uma das vacinas contra a covid, foi ignorada durante negociações com o governo, em 2020. A empresa chegou a enviar carta para cobrar respostas.
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Bolsonaro poupado

O ex-chefe da Secom buscou isentar Bolsonaro de responsabilidades por eventuais erros na pandemia. O depoimento dele, por outro lado, gerou um clima de pressão ainda maior e deu argumentos aos parlamentares da oposição.
UESLEI MARCELINO/REUTERS

3 pontos que vão contra os interesses do governo

  • Ratificou que a Pfizer cobrou o governo diante da ausência de respostas sobre vacinas
  • Confirmou ter atuado informalmente no diálogo com a farmacêutica
  • Expôs ainda mais o ex-ministro Eduardo Pazuello

Ameaça de prisão

O auge do depoimento ocorreu quando o relator, Renan Calheiros (MDB), quis a prisão de Wajngarten.
Jefferson Rudy/Agência Senado

Mentiu ou não mentiu?

Calheiros acusou o depoente de mentir ao considerar que ele deu versões contraditórias em relação ao conteúdo de uma reportagem da revista Veja. O veículo de imprensa disponibilizou durante a sessão o áudio original da entrevista. Mas o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), negou a prisão.
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral. Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 342 do Código Penal,
Punição estabelecida pela Lei 1.579, de 1952, que cria as CPIs
iStock

"Você não agradou o governo, não agradou a ninguém, a ninguém você agradou aqui."

Omar Aziz (PSD-AM),
Presidente da CPI da Covid no Senado
Edilson Rodrigues/AFP
Publicado em 15 de Maio de 2021.

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