Wajngarten, o homem que mudou (para pior) a situação do governo na CPI da Covid
Por Hanrrikson de Andrade e Luciana Amaral
CPI 'em chamas'
O depoimento do ex-chefe da Secom serviu como gasolina à já incendiária CPI da Covid, no Senado, que investiga se Jair Bolsonaro cometeu crimes, por ação ou omissão, na pandemia.
No depoimento, Wajngarten confirmou que a Pfizer, dona de uma das vacinas contra a covid, foi ignorada durante negociações com o governo, em 2020. A empresa chegou a enviar carta para cobrar respostas.
O ex-chefe da Secom buscou isentar Bolsonaro de responsabilidades por eventuais erros na pandemia. O depoimento dele, por outro lado, gerou um clima de pressão ainda maior e deu argumentos aos parlamentares da oposição.
UESLEI MARCELINO/REUTERS
3 pontos que vão contra os interesses do governo
Ratificou que a Pfizer cobrou o governo diante da ausência de respostas sobre vacinas
Confirmou ter atuado informalmente no diálogo com a farmacêutica
Calheiros acusou o depoente de mentir ao considerar que ele deu versões contraditórias em relação ao conteúdo de uma reportagem da revista Veja. O veículo de imprensa disponibilizou durante a sessão o áudio original da entrevista. Mas o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), negou a prisão.
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral. Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 342 do Código Penal, Punição estabelecida pela Lei 1.579, de 1952, que cria as CPIs
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"Você não agradou o governo, não agradou a ninguém, a ninguém você agradou aqui."
Omar Aziz (PSD-AM), Presidente da CPI da Covid no Senado