Por Leonardo Martins e Douglas Porto
A variante B.1.617, conhecida como "variante da Índia", foi descoberta em outubro de 2020 no país asiático e é mais uma nova "família" de mutação da covid-19. Nela, foram identificadas três variações graves, que já se espalharam por mais de 50 países.
Na semana passada, seis tripulantes de um navio que saiu da África do Sul estavam infectados com a variante e desembarcaram no Maranhão. Desde então, o monitoramento dos órgãos públicos pelo país aumentou.
Governo de São Paulo se reuniu com Anvisa e Ministério da Saúde para estabelecer protocolos sanitários que evitassem a entrada da variante no país. Mas foi tarde. Um homem de 32 anos, que estava na Índia, teve resultado postivo para covid-19 com a variante da Índia quando já havia desembarcado em São Paulo. De lá, ainda viajou para o Rio.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, responsabilizou a Anvisa pelo passageiro que chegou da Índia ao aeroporto de Guarulhos.
Já a Anvisa afirmou que o passageiro passou por todos os crivos sanitários necessários para entrar no país e que ele havia feito outro teste no aeroporto e não esperou o resultado para ir viajar.
Agora, a Anvisa corre atrás da aprovação do governo federal de novas ações para frear a entrada de pessoas infectadas com a variante da Índia no Brasil. A agência quer impedir o desembarque de marinheiros e fazer quarentena de todos os viajantes que desembarcarem no país com passagem pelo país asiático.
Não há, até o momento, um estudo que responda se a variante da Índia é ou não mais letal que as outras. Também não há nenhum estudo robusto que comprove se as vacinas disponíveis atualmente contra a covid-19 criam imunidade contra todas as variantes. Como as que estão sendo usadas no Brasil têm tido bom desempenho contra variantes, a expectativa é que elas funcionem contra a versão da Índia.
Por enquanto, a variante da Índia foi identificada em Minas Gerais, São Paulo e Maranhão. Não há, até agora, transmissão local dessa nova cepa entre brasileiros, segundo autoridades.
Basta seguir as mesmas recomendações que médicos e cientistas orientam todos os dias: máscara, distanciamento social, circulação de ar nos ambientes e álcool em gel.