Topo

Britânicos tratam jovens problemáticos com massagem

22/03/2007 15h35

Massagens nos pés e na cabeça com técnicas indianas, reiki, aulas de golfe e pescaria estão entre as atividades oferecidas a jovens britânicos para que eles fiquem longe de drogas, álcool e crime.

O objetivo do programa de inclusão Positive Futures é incentivar os jovens a ter um bom relacionamento com os demais colegas e com os seus tutores, adotando, dessa forma, um comportamento mais positivo na escola, em casa e nas ruas.

"Isso é apenas uma pequena parte do programa", ressalta Jane Edmonds, assessora de imprensa do Positive Futures.

"Existem 120 projetos na Inglaterra e no País de Gales e oferecemos reiki, massagem, música, dança, poesia, filme, fotografia, pesca, esportes. São várias atividades para incentivar o bom relacionamento. Mas é preciso entender que tudo isso é apenas um catalisador", disse.

Jornais britânicos, no entanto, não deixaram de destacar que o projeto é financiado pelos contribuintes. O Home Office, o Ministério do Interior da Grã-Bretanha, investiu 5 milhões de libras (cerca de R$ 20 milhões) no programa, de acordo com o Daily Mail.

"Os contribuintes precisam perceber que todo o negócio da chamada diversificação de atividades para jovens criminosos é um esquema caro e auto-indulgente que não tem nenhum histórico de sucesso e serve apenas para premiar o mau comportamento", disse ao jornal Blair Gibbs, da organização TaxPayers' Alliance.

Resultados

Já o jornal The Guardian disse, em sua reportagem, que em um dos projetos, na cidade de Liverpool, os jovens fizeram fila para o tratamento anti-estresse.

"Os pais dos jovens também gostaram das técnicas, que incluem massagem nos pés, porque deixaram os adolescentes mais calmos e prontos para a cama às 22h", escreveu o jornalista do The Guardian.

Cerca de 110 mil jovens britânicos problemáticos, entre 10 e 19 anos, são atendidos no Positive Futures desde 2002: 735 voltaram à escola no período de março a setembro de 2005 e 600 arranjaram um emprego.

Os jovens vivem nas regiões mais pobres da Inglaterra e do País de Gales.