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PF indicia governador do Rio sob acusação de corrupção e desvios

A Polícia Federal concluiu a investigação sobre o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e promoveu seu indiciamento sob acusação de crimes de corrupção passiva e peculato (desvio de recursos públicos).

O irmão de consideração de Cláudio Castro, Vinícius Sarciá, também foi indiciado sob acusação desses mesmos delitos.

O relatório final do caso foi enviado pela PF ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) no início deste mês e está sob sigilo. O ministro Raul Araújo, relator do caso, encaminhou o material para a PGR (Procuradoria-Geral da República) analisar se há elementos suficientes para apresentar denúncia ou se pede diligências complementares.

A PGR ainda não devolveu o processo para o STJ. O caso está sob responsabilidade do vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand.

A PF apontou que as provas colhidas ao longo da apuração indicam que Castro teria recebido propina e atuado no desvio de recursos de programas do governo.

Em dezembro do ano passado, a PF chegou a cumprir mandados de busca e apreensão para aprofundar a apuração. Um dos alvos foi Vinícius Sarciá.

O pai de Cláudio Castro se casou com a mãe de Vinícius Sarciá, por isso eles cresceram juntos. No governo Castro, ele foi nomeado para trabalhar na Agência de Fomento do Rio, mas deixou o cargo depois de se tornar alvo da PF.

Com o indiciamento, Castro se torna mais um governador do Rio acusado formalmente de corrupção pela Polícia Federal. Seus antecessores no cargo —Wilson Witzel, Luiz Fernando Pezão e Sergio Cabral— também foram acusados de crimes de corrupção.

O indiciamento é um ato no qual a autoridade policial conclui que há indícios suficientes de autoria de crimes por parte de um investigado. Depois disso, cabe ao Ministério Público avaliar se apresenta denúncia à Justiça. Apenas quando uma denúncia é aceita, o investigado se torna réu.

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No caso de Cláudio Castro, uma eventual denúncia teria que ser analisada pela Corte Especial do STJ, órgão responsável por processar as autoridades com foro privilegiado no tribunal.

O que dizem os envolvidos

Procurada, a defesa de Cláudio Castro afirmou que não iria comentar porque não teve conhecimento do pedido de indiciamento.

A defesa de Vinícius Sarciá disse que "não irá se manifestar a respeito do procedimento que corre sob sigilo".

Reportagem

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