Mais um vexame federal: ministro cai antes da posse
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Foi como a noiva abandonada ao pé do altar: o ex-quase futuro ministro da Educação, Carlos Decotelli, caiu antes de tomar posse no cargo, para o qual foi nomeado faz apenas cinco dias.
Nesta terça-feira, dia marcado para a posse solene, o "doutor" foi ao Palácio do Planalto, mas para levar seu pedido de demissão ao presidente Bolsonaro, depois de ser flagrado em várias mentiras sobre o seu alentado currículo apresentado ao país pelo próprio presidente.
Só o nome dele não era falso, até prova em contrário.
Na coleção de vexames desse desgoverno, somente no Ministério da Educação, já tivemos um pré-colombiano e um olavista alucinado. Perdemos um ano e meio na área mais importante de qualquer governo civilizado, o que não é o nosso caso.
Além de destruir o presente, Bolsonaro dedica-se também a detonar o futuro do país.
Enquanto Decotelli preparava sua carta da demissão, sem plagiar ninguém, o núcleo militar estava reunido no Palácio do Planalto para escolher o quarto ministro da Educação, e o Ministério da Saúde continuava com um general interino, em meio à crise sanitária que já matou quase 60 mil brasileiros.
Podem trocar todos os ministros quantas vezes quiserem, não vai adiantar nada.
Com esse presidente, nenhum ministro tem futuro. Mandetta que o diga.
Ministros deveriam ser escolhidos para cumprir um plano de governo, que não existe até hoje.
Não há nenhum plano para a educação, a economia, a saúde, o meio ambiente, as relações exteriores, para nada.
Vão laçando nomes a esmo, ora entre os militares, ora entre a "área ideológica" dos filhos, supervisionados pelo guru da Virginia.
Só não conseguiram até agora montar um ministério minimamente decente, um ano e meio após a posse.
No desespero, acreditam em qualquer currículo cheio de títulos furados, como o desse enrolado Decotelli, que enganou o super-xerife Alexandre Ramagem, da Abin, aquele que Bolsonaro queria no comando da Polícia Federal.
Os generais do núcleo militar agora querem convencer o presidente a mudar tudo para salvar a lavoura, nomeando um ministério de notáveis para o lugar dos Salles, Araújos, Damares e outros expoentes do submundo do bolsonarismo.
Mas quais notáveis aceitariam ser ministros desse desgoverno, colocando em risco suas biografias?
Quem passear distraído pela calçada do Palácio do Planalto corre o risco de ser chamado para ser ministro. É um perigo.
Tanto faz quem entra e quem sai. Não há perigo de melhorar.
Vida que segue.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.