Patrimônio como o dos irmãos Brazão não pode ficar impune
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão casaram-se com a política. Reportagem do UOL revela que, em três décadas de relacionamento, o matrimônio virou patrimônio. Já acomodada pelo Supremo Tribunal Federal no banco dos réus sob a acusação de encomendar o assassinto de Marielle Franco, a dupla pede investigações adicionais.
Na parte mais visível, o clã comandado pelos réus possui 162 imóveis. Coisa avaliada em notáveis R$ 120 milhões. De origem humilde, Domingos e Chiquinho costumam atribuir o sucesso ao suor. Dizem que sempre ralaram como empresários à margem da política.
No mundo convencional, empresários bem-sucedidos preferem cuidar dos negócios. No universo das anormalidades, o mandato pode ser o negócio. Na política, quando alguém diz ter ficado rico pelo trabalho duro, convém perguntar: "Trabalho de quem?".
A mãe do político rico é a desfaçatez. O pai é o cofre público. No caso dos irmãos Brazão, a julgar pela localização da maioria dos seus imóveis, assentados na zona oeste do Rio, a madrinha é a milícia. Tanta prosperidade não pode permanecer impune.
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