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Leonardo Sakamoto

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Lula para de crescer, Bolsonaro se consolida e 3ª via sofre, aponta Ipespe

 Ricardo Stuckert / Marcelo Camargo/Agência Brasil
Imagem:  Ricardo Stuckert / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Colunista do UOL

25/02/2022 11h56

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Nova rodada da pesquisa Ipespe sobre as eleições presidenciais de outubro, divulgada nesta sexta (25), confirma que Lula parou de crescer e Jair Bolsonaro (PL) consolida seus eleitores. Ele empata tecnicamente com João Doria e Eduardo Leite (PSDB) e Sergio Moro (Podemos) no segundo turno, mas perde para o petista e o ex-governador Ciro Gomes (PDT).

Lula atingiu 43% na pesquisa estimulada em setembro do ano passado, mesmo índice que ostenta agora. Desde então, varia um ponto a mais ou a menos. Em dezembro de 2021, atingiu 36% na pesquisa espontânea - aquela em que não são oferecidas opções ao entrevistado. Hoje, conta com 35%.

Já Bolsonaro tinha 28%, em setembro do ano passado, na pesquisa estimulada, chegou a 24% em dezembro e, agora, tem 26%. Em janeiro, o presidente teve 25% na pesquisa espontânea, chegou a cair a 23% e voltou a 25% agora.

Se conseguir manter esse quarto do eleitorado, ele não será ultrapassado por nenhum outro candidato, mesmo que 62% dos eleitores afirmem que não votariam nele de jeito nenhum. Ele aposta que mais eleitores virão quando o impacto do Auxílio Brasil de R$ 400, entre outros gastos públicos, fizerem-se sentir.

Isso o levaria à decisão para o segundo turno, quando a tática será apostar no antipetismo. A quantidade dos que não votariam nem amarrados no petista é de 43%.

Nesse período, tanto Lula quanto Bolsonaro variaram dentro da margem de erro, segundo a pesquisa Ipespe, de 3,2 pontos percentuais.

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que chegou a marcar 18% na pesquisa Ipespe de abril de 2020, vem mantendo-se em 8% desde janeiro deste ano. Está tecnicamente empatado com Ciro, que chegou a marcar 11% antes de Moro se apresentar como pré-candidato e, agora, está com 7%.

No pelotão a seguir, o governador João Doria (PSDB) se mantém com 3%. André Janones (Avante) tem 1%, mesma marca da senadora Simone Tebet (MDB), do governador Eduardo Leite (PSDB) e de Felipe d'Ávila (Novo). A somatória dos pré-candidatos da terceira é de 22% - quatro pontos a menos que os 26% de Jair.

Bolsonaro perde de Lula e Ciro e empata com Doria, Moro e Leite no segundo turno

Lula continua vencendo todos os adversários com folga no segundo turno. Contra Bolsonaro, ele marca 54% a 32%. A diferença, que está em 22 pontos, já foi de 25, em janeiro - uma variação dentro da margem de erro.

Outro que venceria o presidente no segundo turno fora da margem de erro é Ciro (47% a 35%).

Contudo, Doria (que já teve sete pontos de vantagem sobre Bolsonaro no segundo turno), agora estaria tecnicamente empatado com ele, marcando 39% a 36%.

Moro, que também já esteve sete pontos à frente, agora aponta 33% frente a 32% do ex-chefe. A disputa de segundo turno entre ambos tem um dado pitoresco: o total de eleitores que prefere votar em branco e anular ou que diz não saber o que faria é, numericamente, maior que a votação dos dois: 35%.

Eduardo Leite (PSDB) teria 35% frente a 39% de Bolsonaro em um segundo turno, o que também caracteriza empate técnico. Ele pode migrar para o PSD para disputar o Palácio do Planalto após ter perdido as prévias em seu partido.

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