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Leonardo Sakamoto

REPORTAGEM

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País prefere Bolsonaro e Lula a Moro para combater corrupção, diz pesquisa

Da esquerda para a direita: Sergio Moro, Lula, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes                              - Reprodução
Da esquerda para a direita: Sergio Moro, Lula, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

16/03/2022 07h36

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Pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta (16), aponta que entre os que veem a economia como o principal problema do país, 47% preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 21% optam pelo presidente Jair Bolsonaro, 7% pelo ex-governador Ciro Gomes e 7% pelo ex-juiz Sergio Moro. Quando o principal problema é desemprego, Lula também aparece com 47%, Bolsonaro tem 19%, Ciro, 11%, e Moro, 5%, de intenções de voto.

Já entre os que consideram a corrupção o principal problema, 45% apontam Bolsonaro (PL) como o melhor candidato, seguido por Lula (PT). Apesar de Moro (Podemos) focar sua campanha até agora no combate a esse crime, ele só é apontado como preferido por 8% dos que o consideram o principal problema do Brasil. Ciro (PDT) aparece com 4%.

A nova rodada da pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, tem margem de erro de dois pontos percentuais e foi divulgada nesta quarta (16). No levantamento, 51% apontaram que a economia é o principal problema do país, frente a 35% que afirmaram isso em fevereiro, consequência da pressão inflacionária. Corrupção é o principal problema para apenas 10% dos eleitores.

A pesquisa também questionou qual a principal razão para a escolha dos candidatos à Presidência da República. Dos entrevistados, 43% afirmam que é a situação econômica do país e 17% dizem que é uma boa gestão anterior. Bem depois disso aparecem a honestidade (7%), as propostas apresentadas (6%), suas posições sobre questões morais (4%) e o apoio de pastores ou padres da igreja frequentada pelo entrevistado (1%).

Entre os que afirmam que a principal razão para a escolha do candidato é a situação econômica do país, Lula aparece com 48%, Bolsonaro, 20%, Moro, 8%, e Ciro 7%. Quando a razão é a situação econômica pessoal do eleitor, Lula tem 58%, Bolsonaro, 20%, Moro, 7%, e Ciro, 6%.

Entre os que apontam que a razão da escolha é uma boa gestão no passado, 63% dizem que vão votar em Lula, 19%, em Bolsonaro, 5%, em Ciro Gomes, e 3%, em Moro. Entre os que dizem que é a honestidade do candidato, 59% apontam para Bolsonaro, 10% para Moro, 7% para Lula, 4% para Ciro e 3% para o governador João Doria (PSDB) e o deputado federal André Janones (Avante).

Pesquisa aponta impacto positivo do Auxílio Brasil para a aprovação de Bolsonaro

Dependendo do cenário analisado, Lula tem entre 48% e 44% das intenções de voto na pesquisa estimulada, Bolsonaro, entre 28% e 26%, Ciro, entre 8% e 7%, e Moro, entre 7% e 6%. Doria e Janones marcam 2%, a senadora Simone Tebet (MDB), 1%, e o governador Eduardo Leite (PSDB), entre 3% e 1%.

Considerando um dos cenários, a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu de 22 pontos em janeiro para 18 pontos em março.

Entre os eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018 e, hoje, recebem o Auxílio Brasil de R$ 400 mensais, a quantidade dos que consideram que o governo está pior do que esperavam caiu de 45%, em fevereiro, para 23%, em março, ou seja, uma redução de 22 pontos. Os que consideram que o governo está melhor do que o esperado passou de 25% para 31% e os que acham que o governo é o que esperavam saltou de 27% para 44%.

Entre os eleitores de Bolsonaro em 2018 que não recebem o Auxílio Brasil, a queda na avaliação negativa foi menor, passando de 35% para 29%. Os que avaliam que está melhor do que esperavam foram de 30% para 34%.

A avaliação negativa do governo de Jair Bolsonaro caiu de 57% para 49%, entre os que ganham até dois salários mínimos, entre fevereiro e março. Na faixa dos que recebem entre dois e cinco salários mínimos, a avaliação negativa se manteve em 50% e na dos que ganham mais de cinco salário, caiu de 48% para 45%.

Nas duas regiões mais pobres do país, a desaprovação de Bolsonaro caiu de forma mais significativa. No Nordeste, passou de 61% para 56% e no Norte, de 48% para 36%. No Sudeste, permaneceu com 47%, no Centro-Oeste, com 42%, e, no Sul, foi de 49% para 48%.