Sakamoto: Ações de Zambelli reforçam que Bolsonaro não ganharia no voto
A série de atitudes questionáveis cometidas pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comprova que Jair Bolsonaro só teria condições de vencer Lula nas urnas em 2022 na base da irregularidade, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta quinta (25).
Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a Polícia Federal a investigar Zambelli por suspeita de ligação com os atos golpistas de 8/1. A decisão está sob sigilo e é desta terça (23).
A decisão de Moraes mostra que Zambelli vai se firmando como uma das maiores cabos eleitorais de Lula em 2022, tamanha a quantidade de comportamentos equivocados que ela tomou e que prejudicaram o próprio Jair Bolsonaro.
Tudo isso que brota agora dá uma aura de credibilidade à campanha do Lula e de irregularidade para a do Bolsonaro. É um prego no caixão de Bolsonaro, porque todas as ações de Zambelli reforçam que ele é uma pessoa que não ganha no voto, mas só na sacanagem.
A quantidade de trapalhadas que a deputada fez prejudicou não só a eleição do Bolsonaro como também a imagem da campanha, de uma pessoa que estava fazendo tudo errado para tentar ser eleito. Ele também foi ao TSE com essa imagem.
A questão é saber quanto tempo levará para todas essas ações tramitarem e terem um desfecho. Há uma grande chance de, no final, estar a perda de mandato ou a prisão da segunda deputada federal mais votada por São Paulo. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Para Sakamoto, o comportamento exibido por Zambelli revela como a campanha de Lula esteve sob ataque direto, mas os gestos da deputada federal surtiram efeito contrário e se voltaram contra Bolsonaro.
Zambelli chancela que a campanha de Lula foi perseguida e mesmo assim venceu. Ela dá um apoio e revalida a campanha do Lula, que foi alvo de uma série de tentativas de conspiração que não surtiram efeito, no momento em que Bolsonaro fala de fraude aqui e ali.
Talvez a forma como Zambelli mais ajudou Lula e atrapalhou Bolsonaro foi quando perseguiu pelas ruas dos Jardins um jornalista negro com quem havia discutido e, de arma em punho, entra em um boteco cheio de gente, causando pânico e terror. Isso tirou voto do voto do Bolsonaro, assim como Roberto Jefferson atirando na Polícia Federal. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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