Fim da pantomima: Regina aceita o cargo. Agora é só esperar pelo óbvio
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Regina Duarte pôs fim à sua novelinha infantiloide de noivinha da extrema-direita brucutu e aceitou o cargo de secretária da Cultura do governo Bolsonaro. Já não era sem tempo. Ninguém aguentava mais a metáfora do noivado. Torçamos para que os bufões nos poupem dos detalhes sórdidos da primeira noite de convergência ideológica.
Aqui e ali, ouço muxoxos: "Dos males, o menor!" Será mesmo? A julgar por aquilo que a atriz andou publicando em suas redes sociais, o autoritarismo virá num invólucro de ignorância que aspira à ingenuidade. E eu não tenho tempo para as tolices de uma senhora de 72 anos, que teve todas as chances de aprender. E que não aprendeu nada. Como se vê.
Regina andou reproduzindo boçalidade sobre marxismo cultural. Se alguém pedir a ela que redija três linhas, sem cola, sobre quem foi Marx, duvido que consiga se desincumbir da tarefa, mas está lá prestando servicinho à sua nova turma. Sob seu guarda-chuva, há responsáveis por áreas da cultura que ficariam melhor no papel de psicopatas. Só não merecem tal designação porque até seu extremismo de direita é falso. Trata-se apenas de um jeito de ganhar a vida e de obter alguma projeção nestes dias miseráveis.
Bolsonaro, de boca própria, já anunciou a recomendação que deu à sua secretária especial: sem essa de cultura de minorias. Ah, tá...
Por que confiar em Regina Duarte? Ela está apenas emprestando seu rosto popular e a admiração que setores consideráveis do país ainda têm pelo seu trabalho a uma maçaroca de conceitos mal digeridos.
Não por acaso, a segunda na pasta é a notória reverenda Jane Silva. A intimidade desta senhora com a cultura corresponde à sua fluência em javanês...
Deixe a esperança do lado de fora, leitor!