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Reinaldo Azevedo

Na Folha: Os diferentes estamos juntos para atravessar a Terra dos Mortos

A cavalo, no helicóptero ou em meio a uma manifestação de fascistoides, ele acredita que pode ameaçar as instituições e que estas e o povo vão se intimidar. Está errado! - Pedro Ladeira/Folhapress
A cavalo, no helicóptero ou em meio a uma manifestação de fascistoides, ele acredita que pode ameaçar as instituições e que estas e o povo vão se intimidar. Está errado! Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Colunista do UOL

05/06/2020 09h24

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Leiam trecho da minha coluna na Folha:
*Nestor
Forster, que responde pela embaixada do Brasil em Washington, expressa em telegrama reservado a leitura que faz o Brasil da crise deflagrada nos EUA com o assassinato de George Floyd. O texto, revelado nesta Folha pela sempre competente Patrícia Campos Mello, é uma espécie de boletim do hospício em que nos transformamos. A análise pouco ou nada diz sobre aquele país, mas entrará para a história como um dos emblemas do desastre que vivemos por aqui. Pesquisas indicam que a maioria dos americanos considera que Donald Trump se comporta mal na resposta à onda de protestos. O republicano George W. Bush e o democrata Barack Obama se solidarizam com o movimento contra o racismo. James Mattis, ex-secretário de Defesa de Trump, diz: "É o primeiro presidente em toda a minha vida que não tenta unir o povo americano nem finge tentar. Em vez disso, ele tenta nos dividir".

Esqueçam. Essas personalidades nada sabem sobre o próprio país. Há alguém que vê um Trump irrepreensível na crise: Forster! Sua análise pode não credenciá-lo como observador competente dos fatos, mas faz dele um exemplar prosélito de uma causa. A mídia, segundo o diplomata, acusaria um inexistente racismo sistêmico naquele país, em associação com a "cultura da queixa", promovida pelo Partido Democrata. Ele presta solidariedade a Trump, que enfrentaria uma "obsessiva campanha de mídia contra o chefe do Executivo".
(...)
Integro a primeira leva de signatários do manifesto Estamos Juntos, em defesa da democracia e contra a fascistização do poder. Lula, por exemplo, não quis se misturar com alguns ou com muitos de nós e deixou isso claro sem nem indagar, ao nos passar um sabão, se alguns ou muitos gostaríamos de nos misturar com ele. Que seja bem-sucedido ao cultivar o seu jardim. Não é hora de alargar pinimbas.
(...)
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