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Reinaldo Azevedo

Bolsonaro, um homem de famílias, não crê em meios formais de pagamento...

Rogéria Nantes Nunes Braga: segundo os costumes do clã, que parece desconfiar dos bancos, apartamento foi comprado em dinheiro vivo - Reprodução
Rogéria Nantes Nunes Braga: segundo os costumes do clã, que parece desconfiar dos bancos, apartamento foi comprado em dinheiro vivo Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

11/08/2020 06h47

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Então, gente...

Os Bolsonaros e seus amigos da Zona Oeste do Rio não confiam em banco, sabem?

Por isso, gostam de lidar com dinheiro vivo.

Mas fiquem certos: trata-se de pessoas de moral reta, impoluta, imaculada.

Todos e cada um deles seriam incapazes de roubar um alfinete.

Afinal, por que alguém roubaria um alfinete?

Sigamos. Leiam o que informa O Globo. Volto em seguida.

Primeira mulher do presidente Jair Bolsonaro e mãe de Carlos, Flávio e Eduardo, Rogéria [Nantes Nunes Braga] comprou em 22 de janeiro de 1996 um apartamento no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, por R$ 95 mil — equivalente hoje a R$ 621,5 mil, valor atualizado pela inflação. A escritura pública do 21º Ofício de Notas do Rio, obtida pelo GLOBO, registrou que o pagamento ocorreu em dinheiro vivo, e foi "integralmente recebido" no ato de produção do documento de venda. Na ocasião da aquisição, ela era casada em regime de comunhão parcial de bens com o então deputado federal e agora presidente Jair Bolsonaro. O casal se separou entre 1997 e 1998.

Agora, Rogéria se prepara para voltar à política, após quase 20 anos, e é pré-candidata pelo Republicanos a uma das vagas na Câmara de Vereadores do Rio. No domingo, OGLOBO mostrou que seu filho Flávio também optou por usar dinheiro vivo para pagar por parte de um conjunto de 12 salas comerciais na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em 2008. O valor pago à época em espécie foi de R$ 86,7 mil. Em depoimento ao Ministério Público do Rio, Flávio afirmou que pediu dinheiro emprestado ao pai, a um irmão, sem identificar qual, e possivelmente a Jorge Francisco, chefe de gabinete do então deputado Jair Bolsonaro.
(...)
RETOMO
Eis aí... Dizer o quê?

A primeira mulher comprou apartamento em moeda sonante.

A segunda, Ana Cristina Siqueira, acusou o agora presidente de ter levado de um cofre que o casal mantinha no Banco do Brasil R$ 800 mil em joias e dinheiro.

A terceira, Michelle Bolsonaro, agora primeira-dama, é chamada nas redes de "Micheque" em razão da folia de depósitos que Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, fizeram em sua conta, totalizando R$ 93 mil.

Flávio, como se vê, é outro adepto da moeda sonante, meio supostamente escolhido para pagamento por boa parte dos clientes de sua fantástica loja de chocolates.

É assim que se constrói uma nova moralidade e uma nova era, certo?

Essa gente vai nos conduzir à pujança.

É esperar para ver.