Reinaldo: Marçal e 'anceio' do bolsonarismo; o colapaso da extrema-direita
A reconciliação do vereador Carlos Bolsonaro com o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) simboliza uma derrota do bolsonarismo, afirmou o colunista Reinaldo Azevedo no Olha Aqui! desta quinta (29). Carlos Bolsonaro, que na semana passada havia ameaçado processar Marçal acusando-o de injúria e difamação, levantou bandeira branca.
Eu vejo isso como a Alcione cantando 'Minha Estranha Loucura': 'Te dar sempre razão e assumir o papel de culpada bandida. Ver você me humilhar e eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser.' Hein, Carluxo? Cantou Alcione pro Pablo Marçal? E ele disse que a dupla, inclusive, anseia a mesma coisa com 'C'. O Carluxo falou, anseia com C. Alcione diz: 'É tentar descobrir que você tem sempre razão.' Agora o Carluxo está assim, ele está entregue ao Pablo Marçal.
Reinaldo destaca que o Bolsonarismo ficou com receio de Pablo Marçal e decidiu adotá-lo.
O Pablo Marçal é uma espécie de bolsonarismo 2.0, uma coisa um pouco mais elaborada até do que o bolsonarismo e ele chegou arrombando a porta do bolsonarismo.
Tava na cara que o bolsonarismo ficou com receio. 'Peraí, a gente está resistindo, mas a nossa turma, está indo né.' Ficou claro que o bolsonarismo não quer confusão com o Pablo Marçal e vai adotar o Pablo Marçal. Pelo menos até eles verem se eles conseguem contornar o cara. Então, embora eles pensem a mesma coisa não deixa de ser uma derrota já, porque a gente viu figuras do bolsonarismo dizendo bastará bater nele e pronto.
O Eduardo gravou o vídeo tentando o Carluxo, mas o Carluxo não resistiu. Ele cantou uma Alcione ali e saiu todo amoroso. Então, assim, ele não resistiu. Não conseguiram, não conseguiram, perderam, perderam essa parada. Porque eles não sabem o que o Marçal quer.
Reinaldo ressalta que a estratégia por trás da aproximação da família Bolsonaro com Marçal se deve - também - a não atrapalhar a campanha de Eduardo Bolsonaro no Senado.
Eles têm medo, por exemplo, que o Marçal, a gente hostiliza o cara agora, ele se lança ao Senado e eventualmente atrapalha a campanha do Eduardo, que eles querem eleger o Eduardo para o Senado aqui em São Paulo.
O bolsonarismo falou: 'Não, não vou brigar com ele.' Está buscando uma aliança, por enquanto, ao menos, até que eles tentem entender o que aconteceu, porque a verdade, e aí o pano de fundo aí, é que o Bolsonaro está quebrando a cara na eleição. 'O Bolsonaro, o imbatível, o fortão do bairro Peixoto, aquele que fala e o povo vota.' Aqui em São Paulo, ficou claro que não. O seu público falou assim: 'O Nunes não é reaça bastante para nós, ele não é direitista o bastante para nós. Nós queremos um direitista mais direitista do que ele. Nós queremos Marçal.'
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