Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Bolsonaro aposta que o TSE não terá coragem de impugnar sua candidatura
![Presidente Jair Bolsonaro e ministro Alexandre de Moraes, do STF - Foto: Agência Brasil](https://conteudo.imguol.com.br/c/parceiros/0e/2022/09/28/presidente-jair-bolsonaro-e-ministro-alexandre-de-moraes-do-stf-1664368657844_v2_450x450.png)
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O presidente Jair Bolsonaro (PL) acredita que emparedou os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com seus ataques ao presidente da Corte, Alexandre de Moraes, e ao Supremo Tribunal Federal.
O próprio Bolsonaro disse a um interlocutor que já não acredita em punições severas da Justiça contra ele. "O máximo que poderão fazer", por conta de desrespeito à Lei Eleitoral "é com multas e tirar coisas do ar", afirmou, referindo-se a peças eleitorais consideradas fake news.
Segundo o presidente, os ministros "não teriam coragem" de impugnar sua candidatura depois que ele "denunciou" estar sendo perseguido.
Por conta dessa certeza, o presidente tem sido cada vez mais ousado na campanha. Decidiu, por exemplo, receber nesta terça-feira (4), no Palácio do Planalto —seu local de trabalho como presidente da República— a declaração de apoio do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, à sua candidatura. Ou seja, um ato de campanha em prédio público.
Mas o mais evidente é a antecipação do pagamento de mais uma parcela do Auxílio Brasil para ter efeito antes do 2º turno da eleição.
Tudo bem que o auxílio foi aprovado por uma Proposta de Emenda Constitucional do Congresso como política pública, antes das eleições. Mas a antecipação de parcela cria uma situação de assimetria entre candidatos que, em condições normais, certamente seria classificada pela Justiça eleitoral como abuso de poder político.
Os assessores de Bolsonaro alertaram-no desse risco, mas ele insistiu porque acha que o TSE não teria coragem de impedi-lo.
Para aumentar a pressão sobre a Justiça é que, logo após a votação do primeiro turno, Bolsonaro declarou que, vencendo no segundo turno, indicará dois ministros no STF, mudando a correlação de forças na Corte.
Seus aliados ainda fazem questão de frisar que a nova bancada do Senado, com Bolsonaro reeleito, poderá retomar processos de impeachment contra os ministros do STF que ele considere adversários, ou mesmo aumentar o número de ministros na Corte.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.