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Ultraconservadores do Oriente Médio atrapalham planos eleitorais de Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acompanha os conflitos no Oriente Médio de olho nas eleições de seu país.

Foi ao encontro do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disposto a conseguir um corredor humanitário na Faixa de Gaza para retirada dos estrangeiros, inclusive norte-americanos.

Depois iria ao encontro de líderes da Jordânia e outros países árabes tentar reaproximá-los de Israel, com quem vinham negociando antes dos ataques terroristas do Hamas.

O arremate final seria arrancar uma vitória sobre a Rússia e a China com uma resolução condenando fortemente o Hamas e aliviando para o lado de Israel no Conselho de Segurança da ONU.

Estava tudo indo bem para o embarque nesta terça-feira, 17, dos EUA. Mas eis que no meio do caminho um míssil explodiu um hospital da igreja batista, matando de 200 a mais de 500 pessoas, a maioria crianças e mulheres.

Israel não assumiu o ataque, atribuindo-o aos palestinos do Hamas, ao Hezbollah ou à Jihad islâmica. Estes, por sua vez, acusam Israel.

O encontro na Jordânia teve que ser suspenso e nem se sabe mais se haverá com algum país árabe.

A verdade é que, de um lado ou de outro, seja quem for o culpado, o míssil é obra dos ultraconservadores, dos fundamentalistas, sejam eles judeus ou mulçumanos.

Atingiram o hospital, mas também atingiram em cheio a campanha de Biden pela reeleição nos EUA, contra o ex-presidente Donald Trump.

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Aliás, vale lembrar que Netanyahu, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e os ultraconservadores do mundo inteiro são aliados Trump. Torcem por sua vitória contra Biden.

Independentemente de qualquer teoria conspiratória, o fato é que, com a guerra na Faixa de Gaza e os ataques contra a humanidade, os ultraconservadores do Oriente Médio têm agido para atrapalhar a eleição de Joe Biden nos Estados Unidos.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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