Tales: Bolsonaro e Milei querem palco, mas devem ser ignorados
Em busca de holofotes, o presidente argentino Javier Milei e o ex-presidente Jair Bolsonaro devem ser deixados de lado pelo governo Lula, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta quarta (3).
Lula desistiu de ir a Itajaí neste final de semana após Milei confirmar a participação em um evento ao lado de Bolsonaro em Balneário Camboriú. As duas cidades estão localizadas no litoral de Santa Catarina e são próximas uma da outra.
Javier Milei está procurando que as pessoas fiquem batendo palmas para ele. Essa foi a estratégia de Jair Bolsonaro o tempo todo: chamar as pessoas e atirar nos inimigos.
O que não se deve fazer neste momento é ir lá e dar palco para maluco. Bolsonaro e Milei são personagens que andam por várias partes do mundo e ficam na internet pedindo para que batam palmas para eles. Não tem que dar palco para essa gente.
O Palácio do Planalto já disse que [Lula] vai a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul. Não vai fugir de lá, mas não irá lá agora para dar palco para maluco. Deixe-os fazer o que quiserem. Tales Faria, colunista do UOL
Tales classificou a falta de aviso de Milei à diplomacia brasileira sobre sua vinda como uma "descortesia gritante". O colunista relembrou a crise diplomática que o presidente argentino criou com a Espanha ao criticar o primeiro-ministro Pedro Sánchez e chamar a esposa do premiê espanhol de corrupta durante um evento da extrema direita em Madri.
A descortesia de Milei é gritante, assim como o erro que ele está cometendo. Bater boca e medir forças com Milei é dar palco para maluco. É preciso deixá-lo se queimar nas coisas que ele está fazendo.
Ele não vai à cúpula do Mercosul, o que significa que se queimará com muitos países da América do Sul. Milei está fazendo isso para chamar a atenção da derrocada que está sendo o governo dele. A Argentina está produzindo menos alimento. A exportação aumentou, mas ele está tirando alimento da boca do argentino, que não tem dinheiro para comprar comida.
Ele precisa fazer esse espetáculo para chamar as pessoas e atirar as flechas dele, criando inimigos externos. Já fez isso na Espanha e cometeu uma descortesia tremenda. Ele vive fazendo isso. Bolsonaro está pegando carona no Milei, que está querendo pegar carona no Lula. Não se deve dar carona para ele. Tales Faria, colunista do UOL
Josias: Se Lula fosse a Santa Catarina, constrangimento seria de Milei
Caso Lula mantivesse sua agenda e visitasse Santa Catarina neste final de semana como havia programado, quem passaria por constrangimento seria o presidente argentino Javier Milei, disse o colunista Josias de Souza.
Se o Lula fosse a Santa Catarina, o constrangimento não seria dele, mas de Milei. Lula iria lá para cumprir uma agenda. Quando se desloca, o presidente da República tem todo um aparato de segurança. Ele não estaria no mesmo local onde se realizará esse encontro internacional da ultradireita conservadora.
Se algum bolsonarista tresloucado sai de Balneário Camboriú para hostilizar Lula em seu compromisso oficial, quer parecer que o constrangimento é para o agressor, e não para o presidente, que está cumprindo sua agenda. Josias de Souza, colunista do UOL
Ronilso: Chance de Michelle Obama disputar eleição nos EUA é uma miragem
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Quero receberA chance da ex-primeira-dama Michelle Obama enfrentar o ex-presidente Donald Trump na disputa pela presidência dos Estados Unidos não passa de uma miragem, afirmu o colunista Ronilso Pacheco no UOL News desta quarta-feira (3).
A última pesquisa Ipsos encomendada pela Reuters mostra que, entre os cotados a substituir o atual presidente Joe Biden na disputa, apenas Michelle seria capaz de vencer Trump em novembro. A fragiidade de Biden, que disputa a reeleição, evidente no primeiro debate presidencial, tem gerado pressão para que ele desista da candidatura.
"A Michelle não tem chance. Ela tem chance em uma certa euforia, como está agora. Mas, quando as coisas se oficializarem, acho que é muito difícil que essa chance se consolide".
" A chance da Michelle é uma miragem. Ela responde a um desespero, do que se viu no debate, mas não se encaixa, se materaliza, em uma garantia de derrota de Donald Trump". Ronilso Pacheco, colunista do UOL
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