Guilherme Boulos, do PSOL, não é funcionário fantasma da USP
Circula nas redes sociais um texto acusando o ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) de ser funcionário fantasma da USP (Universidade de São Paulo). Segundo a mensagem, a instituição omite seu salário.
Guilherme Boulos é professor da Universidade de São Paulo (USP), porém não dá aula a [sic] muito tempo e o portal de transparência da universidade omite seu pagamento”, diz o texto.
“Por que a mídia não investiga?”, questiona a mesma mensagem, circulada com um carimbo de “funcionário fantasma?” sobre a foto do psolista.
FALSO: Boulos não é funcionário da USP
A notícia é falsa. O ex-candidato à Presidência não compõe o quadro de funcionários da USP. De acordo com as assessorias de Boulos e da universidade, nunca houve este vínculo empregatício.
Ao UOL, a equipe do psolista afirmou que a mensagem, que circula desde antes da eleição, não procede. “Guilherme não tem nem nunca teve nenhum vínculo empregatício com a USP”, afirma a assessoria.
Em seu Lattes, no entanto, aparece, dentro da área de “Atuação Profissional”, um vínculo institucional com a USP desde 2014. De acordo com a equipe do ex-candidato, isso se deve ao mestrado que Boulos fez em saúde pública na universidade entre 2014 a 2016, quando foi bolsista pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). “A este vínculo que o currículo se refere”, garante a assessoria.
A parte de enquadramento profissional, onde se daria a função que ele supostamente exerce na universidade, está em branco.
A Universidade de São Paulo afirmou que não omite pagamentos no portal da transparência e que não há a divulgação do suposto salário de Boulos porque ele não é professor da instituição.
Ambas as assessorias esclareceram que Boulos já deu cursos como convidado na Escola de Educação Permanente (EEP), ligada ao Hospital das Clínicas, mas nunca teve vínculo empregatício com a universidade e nunca integrou o quadro de funcionários.
A equipe do ex-candidato admitiu que o currículo está “desatualizado” desde o ano passado e deverá ser corrigido em breve. Segundo a CNPq, que administra o Lattes, a última atualização no arquivo se deu realmente em agosto de 2017.
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