Na ONU, Bolsonaro mente sobre inflação, pandemia e meio ambiente
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mentiu em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, hoje, ao afirmar que as medidas de isolamento social por conta da pandemia de covid-19 foram responsáveis pelo avanço da inflação de alimentos. A alta do preço da comida no Brasil não tem relação com o combate à doença, mas com fatores como a política da Petrobras para combustíveis, a valorização do dólar e questões climáticas que prejudicaram a produção de energia elétrica e a agricultura.
Bolsonaro também fez alegações incorretas ou sem contexto sobre o desmatamento na Amazônia, o auxílio emergencial, a atuação de governadores e prefeitos na pandemia, a situação dos empregos e a vacinação. O presidente defendeu mais uma vez o suposto "tratamento precoce" para a covid-19 — cujos medicamentos não têm eficácia comprovada no combate à doença. Veja o que o UOL Confere checou:
As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A declaração é FALSA e já foi checada pelo UOL Confere mais de uma vez, incluindo na live do presidente da última quinta (16).
Especialistas consultados pelo UOL Economia apontaram que a alta nos preços não tem relação com as medidas de restrição, mas sim com uma série de outros fatores:
- Modificações na infraestrutura logística em todo o mundo, deixando alguns produtos essenciais escassos e, portanto, levando à alta nos preços
- Alta do dólar, que consequentemente eleva preços de produtos e insumos importados
- Crise hídrica que encarece a conta de luz no país
- Ondas de frio que tiveram impacto na produção de alimentos
- Alta no preço do combustível, ligada à mudança de política de preços da Petrobras, que agora segue os valores internacionais do petróleo
No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de US$ 800 para 68 milhões de pessoas em 2020."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
As cifras citadas pelo presidente são VERDADEIRAS, se levarmos em conta o câmbio atual e o valor total do auxílio pago em 2020.
No ano passado, o governo pagou cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300, o que totaliza R$ 4.200. Pelo câmbio de hoje, em que US$ 1 vale aproximadamente R$ 5,28, o auxílio pago no ano passado chega a US$ 800. O número de beneficiários chegou aos 68 milhões citados pelo presidente, de acordo com dados do governo federal.
No entanto, Bolsonaro não especificou no discurso que os US$ 800 são o valor do benefício total pago no ano, e não por mês. Além disso, o presidente não explicou que, em 2021, os valores do auxílio emergencial foram reduzidos, variando de R$ 175 a R$ 375 mensais, e chegarão a bem menos gente — 39 milhões de pessoas, segundo conta do movimento Renda Básica Que Queremos a partir de dados do Ministério da Cidadania. Tudo isso torna este trecho da declaração SEM CONTEXTO.
Já o trecho em que Bolsonaro afirma que cidadãos foram "obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos" é DISTORCIDO, já que a interrupção total da atividade econômica durante a pandemia (os chamados lockdowns) foi uma medida tomada por governos e municípios durante poucas semanas ao longo de 2020 e 2021, geralmente para conter picos da covid-19 e aliviar a pressão sobre hospitais superlotados.
Com esta declaração, o presidente desconsidera não só que os lockdowns foram exceção no combate à pandemia no Brasil, como ignora que as medidas de isolamento foram necessárias para tentar conter uma disseminação ainda maior da covid antes do avanço da vacinação.
Bolsonaro costuma culpar governadores e prefeitos pela crise econômica decorrente da pandemia, muitas vezes mentindo sobre o teor de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que garantiu a estados e municípios autonomia para decidir sobre restrições de circulação e de funcionamento da economia. A decisão do Supremo, no entanto, nunca eximiu o governo federal de agir no controle da pandemia, mas apenas definiu que a competência para tanto era compartilhada entre os diferentes níveis do poder público.
Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A declaração de Bolsonaro é INSUSTENTÁVEL, pois não tem amparo em dados públicos. O presidente não citou qual seria a fonte de sua alegação.
As informações disponíveis sobre investimentos externos no Brasil mostram um cenário diferente. Um ranking da ONU divulgado em junho mostrou que o investimento estrangeiro no Brasil em 2020 despencou para níveis de 20 anos atrás, diante da dificuldade de controlar a pandemia de covid-19 e das incertezas sobre os rumos econômicos e políticos do país, noticiou o colunista do UOL Jamil Chade. Segundo dados do próprio Banco Central, em junho, o investimento estrangeiro mensal no Brasil caiu para o menor nível em cinco anos, mas houve recuperação no mês seguinte.
Lembro que terminamos 2020, ano da pandemia, com mais empregos formais do que em dezembro de 2019, graças às ações do nosso governo com programas de manutenção de emprego e renda que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A comparação de dados de empregos formais é INSUSTENTÁVEL, já que Bolsonaro se baseia em informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, que mudou a sua forma de cálculo em 2020. A pesquisa passou a usar dados mais abrangentes, incluindo também trabalhadores temporários.
O saldo de empregos gerados em 2020 — a diferença entre vagas abertas e fechadas — foi apenas 22% do valor em 2019 (142.690 vagas com carteira assinada em 2020 contra 644.079 no ano anterior).
Já a PNAD/Contínua, do IBGE, registrou ao fim do ano desemprego recorde de 13,5% (cerca de 13,4 milhões de pessoas) contra 11,9% em 2019.
Já a afirmação de que os programas de manutenção de emprego e renda durante a pandemia custaram US$ 40 bilhões (cerca de R$ 211 bilhões, pelo câmbio atual) é FALSA. O valor destinado pelo governo para o pagamento do BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) está mais próximo, na verdade, de R$ 40 bilhões. Foram R$ 33,4 bilhões em 2020 e R$ 7 bilhões em 2021, até o momento, segundo dados disponíveis no Portal da Transparência do governo federal. Somados, estes valores totalizam R$ 40,7 bilhões.
Mesmo se forem somados todos os recursos destinados a ações relativas à pandemia no Ministério da Economia, os valores não chegam ao citado pelo presidente. A despesa da pasta com medidas ligadas à covid chegou a R$ 178,7 bilhões em 2020 e está em R$ 12 bilhões em 2021, totalizando R$ 190,7 bilhões.
Somente nos primeiros 7 meses desse ano, criamos aproximadamente 1 milhão e 800 mil novos empregos. Lembro ainda que o nosso crescimento para 2021 está estimado em 5%."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A declaração do presidente é VERDADEIRA. Nos sete primeiros meses do ano, foram criadas cerca de 1,8 milhão de vagas, segundo dados do governo. Já a previsão de crescimento da economia brasileira está na casa de 5%, segundo diferentes estimativas, como as do Ministério da Economia, do boletim Focus do Banco Central e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
Em agosto de 2021, o desmatamento de fato caiu 32% em relação ao mesmo mês no ano anterior. No entanto, o dado foi apresentado SEM CONTEXTO. Entre janeiro e agosto, o desmatamento foi de 6.026 km², quase o dobro do registrado no mesmo período em 2018, de 3.336 km², antes do início do governo Bolsonaro.
Bolsonaro também omitiu que, entre agosto de 2019 e julho de 2020, a exploração de madeira na Amazônia ocupou uma área equivalente a quase três vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Ao menos 11% desta exploração ocorreu em áreas protegidas.
O Brasil já é um exemplo na geração de energia, com 83% advinda de fontes renováveis."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A alegação é DISTORCIDA. Segundo documento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ligada ao Ministério de Minas e Energia, 48,4% da matriz energética do país é composta por energias renováveis. O percentual de 84,8% corresponde ao uso de fontes renováveis dentro da oferta interna de energia elétrica, e não da energia total. Os dados são referentes ao ano de 2020.
Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal. E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A declaração do presidente é FALSA. Bolsonaro trata como realidade algo que sequer aconteceu, já que o orçamento dobrado para o Ibama e o ICMBio, órgãos de fiscalização do Ministério do Meio Ambiente, está previsto para 2022.
Além disso, o orçamento dobrado partirá de números em queda. Segundo o Portal da Transparência do governo federal, as despesas previstas para o Ministério do Meio Ambiente em 2021 estão em R$ 2,98 bilhões, o menor valor desde 2017.
Em abril, pouco depois de Bolsonaro fazer a mesma promessa de dobrar recursos para a fiscalização ambiental, o governo cortou R$ 240 milhões do Ministério do Meio Ambiente. Um ofício do ICMBio publicado naquele mês apontava restrições financeiras severas que poderiam afetar os trabalhos de prevenção e combate a incêndios florestais.
Já o Ibama, ainda sob a gestão de Ricardo Salles como ministro do Meio Ambiente, reduziu o poder de multa de fiscais do órgão — o que levou à interrupção de autuações por crimes ambientais —, exonerou chefes de quatro estados e nomeou uma advogada experiente em anular infrações ambientais para a Superintendência do Ibama no Acre. Apesar do recorde de incêndios no Pantanal, o ano passado teve a menor quantidade de multas por desmatamento ilegal da história.
São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A afirmação é DISTORCIDA, já que especialistas apontam que os 66% de vegetação nativa não necessariamente correspondem a áreas preservadas. Isso consta em análises do projeto MapBiomas, que aponta parte do crescimento da agropecuária em locais onde houve derrubada de vegetação nativa. Segundo a ONG, entre 1985 e 2020, ao menos 24 estados tiveram perda de vegetação.
Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A citação à quantidade de floresta original no bioma amazônico é DISTORCIDA da mesma forma que a menção à vegetação nativa. Segundo especialistas, o predomínio de florestas na Amazônia não é sinônimo de áreas intactas. Além disso, reportagem de Ecoamostrou que a WWF-Brasil, a partir de dados do Inpe, estima que a Amazônia perdeu 19% de sua área original — que assim seria de 81%, e não 84%. Vale ressaltar que a diferença de três pontos percentuais pode parecer pequena, mas em números absolutos representa uma área quase igual à do estado do Amapá (quase 800 mil km²).
O presidente não especificou o que considera como Europa Ocidental, mas a Amazônia Legal tem cerca de 5 milhões quilômetros quadrados, segundo o IBGE. Isso é superior, por exemplo, à área de todos os países da União Europeia somados.
14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
Segundo a Funai, há 487 terras indígenas demarcadas no Brasil, cujas áreas somam algo próximo de 110 milhões de hectares. Essa área é maior dos que os territórios de Alemanha e França, que somam quase 100 milhões de hectares, segundo dados da União Europeia. Com isso, a frase do presidente é VERDADEIRA.
Nossa moderna e sustentável agricultura de baixo carbono alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A taxa de uso do território para a agricultura foi DISTORCIDA pelo presidente. Os 8% mencionados no discurso correspondem apenas ao plantio agrícola. A agricultura e a pecuária, juntas, utilizam cerca de 27% do território nacional -- números apresentados pelo próprio Bolsonaro em seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU no ano passado.
Já a quantidade de pessoas alimentadas pela produção brasileira no mundo também foi DISTORCIDA. A Embrapa calcula que o Brasil seja responsável por 10% da produção mundial de trigo, soja, milho, arroz e cevada -- o que, com base em um cálculo bastante primário, poderia alimentar cerca de 10% da população mundial (800 milhões), incluindo brasileiros. No entanto, o dado é contestado por especialistas, já que a Embrapa não levaria em conta aspectos como desperdício na cadeia produtiva, nem o fato de que boa parte da produção de soja e milho não é voltada para consumo humano.
Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do 'tratamento precoce', seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez 'tratamento inicial'."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A declaração do presidente é FALSA. Não existem medicações com eficácia cientificamente comprovada para os estágios iniciais da doença. O CFM (Conselho Federal de Medicina) não recomenda o suposto "tratamento precoce", mas aprovou no ano passado um parecer que dá autonomia para os médicos receitarem remédios fora das orientações da bula (uso off-label).
Defensor da hidroxicloroquina, Bolsonaro omite que a OMS (Organização Mundial de Saúde) contraindica a droga em casos de covid, assim como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a maioria dos fabricantes brasileiros.
O suposto "tratamento precoce", que inclui outras medicações como a ivermectina e a azitromicina, foi adotado como bandeira do governo Bolsonaro ao longo da pandemia. O governo inclusive teve maior agilidade para adquirir as medicações do que as vacinas contra o coronavírus.
Tanto a Anvisa quanto a OMS já alertaram para os riscos de efeitos colaterais do uso da hidroxicloroquina, que pode comprometer os rins e provocar diarreias e náuseas.
Até o momento, o governo federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. 80% da população indígena também já foi totalmente vacinada."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte e do painel de Imunização Indígena do Ministério da Saúde, os números apresentados por Bolsonaro são VERDADEIROS. No entanto, o presidente os apresentou SEM CONTEXTO: ele omitiu que o percentual de imunizados com a primeira dose da vacina corresponde a 66,62% da população brasileira.
Em seu elogio à vacinação no Brasil, Bolsonaro omitiu todo um histórico de declarações suas contra as vacinas e de omissões do governo federal em relação à imunização contra a covid-19.
O próprio Bolsonaro diz ainda não ter se vacinado contra a covid-19 e já desacreditou imunizantes, principalmente a CoronaVac, em diversas ocasiões. Na semana passada, após o Ministério da Saúde suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades, o presidente defendeu a decisão sob a falsa justificativa de que a OMS (Organização Mundial da Saúde) é contra a aplicação nos jovens.
Em maio de 2020, o país ficou de fora da primeira leva da Covax, a aliança mundial de vacinas capitaneada pela OMS. Quando aderiu à iniciativa, poderia solicitar doses que atendessem entre 10% e 50% da população, mas optou pela cobertura mínima, de apenas 10%.
O Ministério da Saúde foi acusado pelo Insitituto Butantan de ter recusado, ainda em julho do ano passado, uma primeira oferta por doses da CoronaVac. No mês de outubro, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi desautorizado por Bolsonaro a adquirir doses do imunizante. O contrato para a compra da Coronavac só foi assinado em janeiro de 2021.
Ao menos cinco ofertas da Pfizer foram ignoradas num intervalo de dois meses, de acordo com a farmacêutica. A negociação para a compra da Covaxin é investigada pela PF (Polícia Federal), pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela CPI da Covid.
Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A afirmação de Bolsonaro está SEM CONTEXTO, pois há contratos do Ministério da Saúde sendo investigados devido a suspeitas de corrupção, entre outras irregularidades.
A compra de doses da vacina Covaxin é investigada pela CPI da Covid, pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela Polícia Federal. Há indícios de que houve pressão de integrantes do governo Bolsonaro para que a importação do imunizante fosse acelerada apesar de problemas no contrato.
Outro caso ainda não esclarecido é o do suposto pedido de propina feito por Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, para a compra de doses da Astrazeneca.
Em outubro passado, a ONG Transparência Internacional apontou retrocessos no combate à corrupção no Brasil, principalmente diante do esvaziamento da Operação Lava Jato por Bolsonaro.
No mesmo mês, a PF encontrou dinheiro escondido na cueca do então vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), durante investigação de desvios de emendas parlamentares destinadas ao combate à covid-19.
No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo."
Presidente Jair Bolsonaro em discurso na ONU
A declaração do presidente é FALSA. Não há nenhum dado que corrobore tal afirmação, e as informações disponíveis mostram o contrário. Em São Paulo, por exemplo, o ato reuniu 125 mil pessoas, segundo o governo paulista. Segundo o Datafolha, o maior ato político registrado na cidade foi o protesto pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, com a presença de cerca de 500 mil pessoas.
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