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Campanha de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo não teve 'custo zero'

8.out.2024 - Campanha de Marçal não teve custo zero, conforme indica site do TSE Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução Instagram

Janaína Silva

Colaboração para o UOL

08/10/2024 17h14

É falsa a informação que circula nas redes sociais de que Pablo Marçal (PRTB) não gastou dinheiro para fazer a campanha à Prefeitura de São Paulo.

O ex-coach gastou R$ 4,9 milhões dos R$ 7,9 milhões arrecadados, conforme dados do portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em divulgação de candidaturas e contas eleitorais, atualizados no domingo (6).

O que diz o post

Publicação traz as fotos dos candidatos à Prefeitura de São Paulo com as porcentagens e totais de votos ao lado de valores de gastos e quanto seria o custo de cada um dos votos recebidos, da seguinte maneira:

"MDB - 15 RICARDO NUNES, 29,48%, 1.801.139. Gastou R$ 22,88 MILHÕES! Cada voto custou: R$ 12,71"

"PSOL - 50 GUILHERME BOULOS, 29,07%, 1.776.127. Gastou R$ 55,66 MILHÕES! Cada voto custou: R$ 31,34"

"PRTB - 28 PABLO MARÇAL, 28,14%, 1.719.274. Não Eleito. Gastou R$ 0,00, Cada voto custou R$ 0,00"

O texto final diz: "R$ 78 MILHÕES Pra ter apenas 1% de diferença."

Por que é falso

Campanha de Marçal gastou R$ 4,9 milhões. Em consulta ao portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o valor total de receitas é de R$ 7.901.776,32 e as despesas contratadas somam R$ 4.938.825,22. Toda a receita arrecada pela campanha do candidato do PRTB teve como origem recursos privados (aqui).

Valores referentes a Nunes e Boulos também estão errados. Nunes registra R$ 44,8 milhões de receita, sendo 98,44% procedente de recursos públicos, e despesas de R$ 29,6 milhões, segundo dados atualizados no último dia 4 (aqui). Boulos arrecadou R$ 65 milhões, sendo 98,60% de recursos públicos, com despesas contratadas atingindo o montante de R$ 46 milhões, atualizados no dia 5 de outubro (aqui).

Procedência dos valores. Conforme regras sobre arrecadação e uso de recursos por partidos e candidatos (aqui), os recursos destinados às campanhas eleitorais podem ser provenientes de doações em dinheiro de pessoas físicas; dos próprios dos candidatos e candidatas; de outros candidatos ou partidos políticos. Além disso, são válidos os recursos próprios dos partidos, oriundos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral); de doações feitas às legendas por pessoas físicas, de contribuições dos filiados. Os recursos podem também ter origem em comercialização de bens, serviços e realização de eventos de arrecadação, assim como rendimentos.

Viralização. Nesta terça-feira, (8), no Instagram, uma das postagens com conteúdo falso registrava mais de 30 mil curtidas.

A postagem também foi verificada por Aos Fatos e Lupa.

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