Conta de Pablo Marçal não foi derrubada por decisão de Alexandre de Moraes

A suspensão das contas do candidato Pablo Marçal (PRTB) no Instagram foi determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), e não pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, como alega postagem nas redes sociais.

Marçal teve o perfil suspenso no sábado (5) depois de divulgar laudo falso acusando o adversário Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína. No mesmo dia ele criou outra conta, que também foi suspensa pelo TRE-SP.

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O que diz o post

Uma imagem com as fotos de Alexandre de Moraes e de Marçal é compartilhada com a seguinte legenda: "URGENTE! Cúpula do PT entra em desespero ao ver que Marçal vai ganhar no primeiro turno, enquanto Moraes derruba a terceira conta de Pablo".

Por que é distorcido

Conta de Marçal foi suspensa por decisão do TRE-SP, não de Moraes. A determinação da suspensão por 48 horas do perfil no Instagram de Marçal foi do juiz eleitoral Rodrigo Capez por causa da publicação de um vídeo em que o candidato divulgou um laudo médico falso sobre seu concorrente Guilherme Boulos (PSOL).

"Fatos concretamente graves". Na decisão, o juiz eleitoral destacou que "trata-se de notícia de fatos concretamente graves, perpetrados às vésperas do pleito eleitoral, em tese, com o nítido propósito de interferir no ânimo do eleitor, mediante divulgação, em rede social, com extensa repercussão, de documento médico falso". Ainda de acordo com o magistrado, há indícios de vários crimes eleitorais na ação de Marçal (leia aqui).

No mesmo dia, sábado (5), o candidato do PRTB criou outra conta, que também foi suspensa pelo TRE-SP. O juiz eleitoral apontou que Marçal "concitou seguidores" a migrarem "imediatamente" para a nova conta na rede social. Na decisão, o magistrado adicionou o link para um reels e três reportagens jornalísticas, acrescentando que o candidato realizou "flagrante burla à referida decisão e manifesto ato atentatório à dignidade da Justiça Eleitoral, independentemente da renovação de postagens de caráter infamante ou difamatório". Esta é a terceira vez que Marçal tem perfil em rede social suspenso desde o início do período eleitoral.

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Suspensão por "cortes do Marçal". Em agosto, o TRE-SP determinou a suspensão de contas de Marçal por remunerar seguidores para engajar com "cortes" de vídeos seus (leia aqui e aqui). Na ação, o candidato é acusado pelo PSB de abuso de poder econômico.

Alexandre de Moraes não integra mais o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte é formada por sete ministros, sendo três oriundos do STF. Na atual composição, os ministros do Supremo que integram o TSE são Cármem Lúcia, Kassio Nunes Marques e André Luiz Mendonça (confira aqui).

Intimação de Moraes a Marçal foi por uso do X. Neste sábado, o Moraes intimou Marçal a prestar depoimento em 24h por uso indevido da rede social X. "A Polícia Federal identificou atividade do perfil @pablomarcal, atribuído ao candidato, neste sábado (5). O perfil possui um selo azul, o sinal de verificação da plataforma", afirmou Moraes. O X foi bloqueado no Brasil no final de agosto por não ter um representante judicial no país. A decisão de Moares não tem relação com a suspensão da contas de Marçal no Instagram.

Também não é verdade que pesquisas eleitorais mostrem vitória de Marçal no primeiro turno. A alegação já foi desmentida pelo UOL Confere (leia aqui).

Viralização. Um post no Instagram com o conteúdo desinformativo tinha, até a tarde deste domingo (6), mais de 38 mil curtidas e 4.000 comentários.

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