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Três líderes islâmicos ao lado de Alckmin em post distorcido estão vivos

22.out.2024 - Conteúdo enganoso traz foto de líderes islâmicos em posse do novo presidente do Irã, em julho Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução Instagram

Janaína Silva

Colaboração para o UOL

22/10/2024 16h56

Não é verdade que todos os líderes de grupos islâmicos que aparecem ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) na posse do presidente do Irã, ocorrida em 30 de julho deste ano, tenham sido mortos por Israel.

Dos quatro representantes de grupos considerados extremistas na imagem em questão, apenas o líder do Hamas, Isamil Haniyeh —o último à direita— foi assassinado em Teerã, Irã.

O UOL Confere considera distorcido conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.

O que diz o post

Uma das publicações contém o seguinte texto: "Israel eliminou o líder do Hamas e, sem querer, tornou esta uma das fotos mais emblemáticas do Desgoverno Lula: Alckmin ao lado de 4 líderes terroristas mortos em questão de meses. É esse governo, inimigo de Israel, que agora busca a aprovação dos evangélicos. Nunca terá!".

Outra tem a seguinte afirmação sobreposta à imagem animada que apresenta cada uma das pessoas que estão na imagem: "Israel eliminou a maioria dos lideres terroristas".

Por que é distorcido

Alckmin foi à posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Na cerimônia, em 30 de julho, o vice-presidente sentou-se ao lado de líderes de grupos islâmicos considerados terroristas por alguns países: o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam; o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah; o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem, e o líder do Hamas, Ismail Haniyeh (aqui e aqui).

Líder do Hamas foi assassinado horas depois em Teerã. Segundo a mídia estatal iraniana, um ataque aéreo na madrugada de 31 de julho atingiu Ismail Haniyeh, que estava hospedado em uma residência especial para veteranos de guerra no norte da capital iraniana (aqui). Os demais líderes que estiveram no evento estão vivos.

Israel não havia assumido a autoria. Reportagens da época divulgaram que Israel não havia confirmado a autoria do ataque. No entanto, o exército israelense assumiu ter matado o chefe do Hamas Yahya Sinwar, mentor dos ataques de 7 de outubro, que sucedeu Ismail Haniyeh, na liderança do grupo (aqui).

Viralização. Nesta terça-feira (22), no Instagram, reels com conteúdo distorcido tinha quase 493 mil visualizações.

A postagem também foi verificada por Aos Fatos e Estadão Verifica.

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