Companhia aérea nega que avião que caiu em Manacapuru voasse com sobrepeso
O vice-presidente da Manaus Aero-Táxi, Marcos Fernandes Pacheco, descartou neste domingo a possibilidade de que a aeronave Bandeirante PT-SEA estivesse voando acima da sua capacidade máxima de peso. A aeronave caiu nesse sábado (7) em rio no Amazonas, matando 24 pessoas. A hipótese foi levantada pelo presidente da Arenpavaa (Associação da Região Norte de Parentes e Vítimas de Acidentes Aéreos), Camilo Moyses Barros.
Apesar de descartar a suposição de Moyses Barros, Marcos admitiu que o avião de fato voava acima da lotação máxima, de 19 pessoas.
"A lotação da aeronave é para 19 passageiros e dois tripulantes. O excedente de pessoas que havia no avião era composto por crianças de colo, que não contam como passageiros", disse Marcos Fernandes.
Marcos explicou que o PT-SEA, que partiu de Coari em direção a Manaus e caiu no município de Manacapuru, foi fretado por uma agência de turismo ao preço de R$ 7.800 e que não tem controle sobre a quantidade de pessoas que embarcam na aeronave. "Nós fretamos o avião para a agência e ela vende os lugares. Para nós, não faz diferença se vai uma pessoa ou dez. Mas o comandante (Júlio Leonel Grieger, que também morreu no acidente) tinha total poder sobre quantidade de passageiros", explicou Marcos.
Camilo Moyses Barros alega que o número de vítimas do acidente (24 mortos e quatro sobreviventes) prova que o avião estava superlotado. "É uma questão de lógica. O avião tem capacidade para 19 passageiros. Morreram 24 pessoas. É claro que estava acima da lotação", disse Camilo.
De acordo com a Manaus Aero-Táxi, o Bandeirante podia voar com, no máximo, 5.700 quilos entre passageiros, bagagens e combustível. Apesar de rejeitar a hipótese de "sobrepeso" da aeronave, Marcos Fernandes não soube informar qual era a carga do avião no momento da decolagem. "Não temos este cálculo ainda. Estamos nos concentrando no atendimento aos familiares das vítimas", disse o Fernandes. Relatos de passageiros dão conta de que houve uma pane na hélice esquerda da aeronave e que ela perdeu altitude rapidamente, até cair.
O representante da corretora de seguros da companhia, Gustavo Mello, apontou outras possíveis causas para o acidente. "Uma ave pode ter entrado numa das turbinas, pode ter sido [um problema causado por] condições meteorológicas ou uma manobra mal executada. O mais provável é que tenha ocorrido um conjunto de circunstâncias", disse Mello.
Segundo a (Cecomsaer) Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáticos) já mandou técnicos para investigar as causas do acidente e a hipótese de sobrepeso não está descartada.
Em Coari, os corpos de 22 vítimas já estão sendo velados. Dois ginásios poliesportivos foram reservados para receber parentes e familiares dos mortos. Os enterros deverão ocorrer na segunda-feira (9).
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Operações de resgate no rio Manacapuru seguiram pela madrugada de domingo
Apesar de descartar a suposição de Moyses Barros, Marcos admitiu que o avião de fato voava acima da lotação máxima, de 19 pessoas.
"A lotação da aeronave é para 19 passageiros e dois tripulantes. O excedente de pessoas que havia no avião era composto por crianças de colo, que não contam como passageiros", disse Marcos Fernandes.
Marcos explicou que o PT-SEA, que partiu de Coari em direção a Manaus e caiu no município de Manacapuru, foi fretado por uma agência de turismo ao preço de R$ 7.800 e que não tem controle sobre a quantidade de pessoas que embarcam na aeronave. "Nós fretamos o avião para a agência e ela vende os lugares. Para nós, não faz diferença se vai uma pessoa ou dez. Mas o comandante (Júlio Leonel Grieger, que também morreu no acidente) tinha total poder sobre quantidade de passageiros", explicou Marcos.
Camilo Moyses Barros alega que o número de vítimas do acidente (24 mortos e quatro sobreviventes) prova que o avião estava superlotado. "É uma questão de lógica. O avião tem capacidade para 19 passageiros. Morreram 24 pessoas. É claro que estava acima da lotação", disse Camilo.
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Coari (ponto A do mapa) fica
a 365 km de Manaus (ponto B)
De acordo com a Manaus Aero-Táxi, o Bandeirante podia voar com, no máximo, 5.700 quilos entre passageiros, bagagens e combustível. Apesar de rejeitar a hipótese de "sobrepeso" da aeronave, Marcos Fernandes não soube informar qual era a carga do avião no momento da decolagem. "Não temos este cálculo ainda. Estamos nos concentrando no atendimento aos familiares das vítimas", disse o Fernandes. Relatos de passageiros dão conta de que houve uma pane na hélice esquerda da aeronave e que ela perdeu altitude rapidamente, até cair.
O representante da corretora de seguros da companhia, Gustavo Mello, apontou outras possíveis causas para o acidente. "Uma ave pode ter entrado numa das turbinas, pode ter sido [um problema causado por] condições meteorológicas ou uma manobra mal executada. O mais provável é que tenha ocorrido um conjunto de circunstâncias", disse Mello.
Segundo a (Cecomsaer) Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáticos) já mandou técnicos para investigar as causas do acidente e a hipótese de sobrepeso não está descartada.
Em Coari, os corpos de 22 vítimas já estão sendo velados. Dois ginásios poliesportivos foram reservados para receber parentes e familiares dos mortos. Os enterros deverão ocorrer na segunda-feira (9).