Rodoviários de MG suspendem greve após acordo no TRT
O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRBH) aceitou acordo e suspendeu a greve iniciada à 0h desta segunda-feira (15) em Belo Horizonte e região metropolitana.
O acordo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mediado pelo desembargador Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, suspende os efeitos da liminar concedida na última sexta-feira (12) ao sindicato patronal que previa multa de R$ 300 mil a cada dia de paralisação. Nesta terça (16) está marcada nova audiência, dessa vez somente com o sindicato patronal. No encontro deverão ser discutidas as reivindicações dos trabalhadores.
Pelo menos cinco pessoas foram presas pela Polícia Militar de Minas Gerais por conta da paralisação dos rodoviários.
A greve dos rodoviários de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e região metropolitana provocou vários pontos de congestionamento na manhã de hoje nas ruas da capital mineira por causa do número excessivo de veículos nas ruas. Durante o dia, o fluxo melhorou e, à tarde, não havia sinais de transtornos para a população em relação à greve. Somente a estação Diamante, na região do Barreiro, foi problemática. Nela, apenas 15% circularam durante o dia.
Movimento grevista
Após assembleia realizada na tarde do domingo (14), rodoviários de Belo Horizonte e região metropolitana decidiram retomar greve a partir da meia-noite de hoje. No último dia 22 de fevereiro, a categoria iniciou paralisação que trouxe transtornos a aproximadamente 1,5 milhão de passageiros.
De acordo com Denílson Dorneles, coordenador político do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRBH), a pauta de reivindicação pede melhoria salarial e melhores condições de trabalho. Eles reclamam 37% de aumento nos vencimentos e redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, além do fim da função dupla do motorista e término da compensação de horas extras.
Segundo o dirigente, a greve de fevereiro somente foi suspensa para que as negociações avançassem, e ela está sendo retomada porque patrões e empregados não chegaram a um consenso.
Na última paralisação, o TRT de Minas Gerais determinou multa diária de R$ 300 mil aos sindicatos que representam os trabalhadores, caso a greve fosse mantida. “Baixamos a nossa proposta, que era de 37% de reajuste nos salários, para 12%, mas mesmo assim, não houve acordo com os patrões”, revelou Dorneles.
As empresas de transporte coletivo da região metropolitana de Belo Horizonte informaram que já haviam apresentado ao sindicato uma proposta de reajuste (4,36%). Em nota divulgada durante o movimento de fevereiro, as empresas informaram que o percentual colocaria os trabalhadores do setor entre os de maior remuneração, considerando os salários pagos em todas as capitais do país.
Sobre a nova paralisação, a assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) havia dito que aguardaria a resolução do impasse via TRT.
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