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Enchentes destroem 43 unidades de saúde e deixam cidades de Alagoas sem remédios

Carlos Madeiro

Especial para o UOL Notícias <BR> Em Maceió

24/06/2010 13h50

As cheias dos rios Mundaú e Paraíba que devastaram várias cidades alagoanas no final da semana passada destruíram, no total, 43 unidades de saúde e deixaram os municípios sem medicamentos para atender a população, segundo o secretário estadual de Saúde Herbert Motta. 

O secretário fez um apelo para que outros Estados da federação enviem medicamentos para atender os pacientes e as vítimas das cheias. “Estamos apelando para que outros Estados nos enviem medicamentos para que possamos atender essas pessoas num primeiro momento”, disse.

De acordo com Motta, os municípios carecem de praticamente todos os tipos de remédios, tais como antibióticos, analgésicos, medicamentos contra diabetes e hipertensão. Até o momento, Alagoas recebeu 22 kits com 70 tipos de medicamentos, que são suficientes para atender cerca de 1.500 pessoas por três meses.

O secretário estima que sejam necessários 152 kits para atender a atual demanda. A secretaria até tem os recursos para a compra dos remédios, mas, segundo Motta, as distribuidoras de medicamentos não dispõem da quantidade necessária. “Nós já contatamos as distribuidoras [de medicamentos], mas eles não tem a quantidade suficiente para pronta entrega”, afirmou.

Em média, cada unidade de saúde destruída ou danificada tinha valor aproximado de R$ 750 mil --R$ 450 mil de infraestrutura e R$ 300 mil em equipamentos, de acordo com Motta. Entre as unidades destruídas, somente uma, no município de Paulo Jacinto, era um hospital. A secretaria perdeu também várias ambulâncias nas inundações.

Segundo o secretário, 10 equipes do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) estão a caminho de Alagoas para atender a população nas cidades mais afetadas.

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