Bruno e suspeitos de morte de Eliza ficam calados e vão passar fim de semana presos
Bruno Souza, goleiro do Flamengo, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola ou Paulista, e o primo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, ficaram em silêncio sob orientação de seus advogados nesta sexta-feira (9) no Departamento de Investigações de Belo Horizonte. Eles foram levados à delegacia para dar suas versões sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro.
Os três também foram instruídos a não coletar material genético para exame de DNA. A polícia quer descobrir de quem é a mancha de sangue encontrada no carro que pode ter transportado Eliza no dia do crime.
Os três devem passar o final de semana presos, já que o advogado do grupo afirmou que deve entrar com pedido de habeas corpus para seus clientes somente na segunda-feira (12).
Após a tentativa de depoimento, Bruno, Bola e Macarrão foram levados de volta para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde chegaram às 17h40. As buscas realizadas em um sítio em Esmeraldas (MG) foram encerradas às 13h, sem sucesso.
Segundo o delegado Edson Moreira, da Polícia Civil de Minas Gerais, foram encontradas cabeças de bovinos no sítio. Para ele, o cenário pode ter sido montado em uma tentativa de despistar cães farejadores.
Segundo a polícia, o ex-policial é um antigo locatário do sítio. Bola é apontado como quem estrangulou Eliza, que está desaparecida desde o início de junho. Ela tentava provar que Bruninho, de cinco meses, é filho do goleiro.
O advogado Rodrigo Braga, que representa o ex-policial, afirmou hoje que seu cliente desconhece o goleiro Bruno. “Ele não conhece o Bruno, não conhece a Eliza. Ele não conhece ninguém”, afirmou o advogado, que reclamou não ter tido ainda acesso às investigações. Braga disse ainda que o cliente dele não prestou depoimento sob sua orientação. “Ele só vai fazer isso depois que a defesa tiver acesso ao inquérito.”
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