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Ministério Público de MG denuncia goleiro Bruno e mais oito suspeitos

Rayder Bragon<br>Especial para o UOL Notícias

Em Belo Horizonte

04/08/2010 17h45

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou à Justiça nesta quarta-feira (4) o goleiro Bruno Souza e os demais envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio.

A juíza Marixa Fabiane, presidente do 1º Tribunal do Júri de Contagem, recebeu a denúncia do MP por volta das 17h, informou a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No entanto, os crimes pelos quais o órgão os denunciou só serão divulgados nesta quinta-feira, em uma entrevista coletiva à tarde.

O promotor Gustavo Fantini tinha prazo até a próxima sexta-feira para dar o parecer sobre o inquérito de 1.600 páginas produzido pela Polícia civil. O promotor pediu a prisão preventiva de todos os que já estão presos e de Fernanda Castro, amante do goleiro Bruno.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas, as prisões temporárias vencem amanhã, quinta-feira, à meia-noite.

Na última sexta-feira, o goleiro havia sido indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores.

Os demais suspeitos foram indiciados pelos mesmos crimes. São eles: o amigo de Bruno Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão); Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza (Coxinha)-- ambos acusados de esconder o bebê de Eliza--; a mulher do goleiro, Dayane Rodriques do Carmo Souza; Elenilson Vitor da Silva, caseiro do sítio do jogador; e Sérgio Rosa Sales (o Camelo), primo do atleta. Também foi indiciada Fernanda Gomes de Castro, uma suposta amante de Bruno.

Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (o Bola), apontado como o assassino de Eliza, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

Com exceção de Fernanda, todos já estão cumprindo prisão temporária em Minas Gerais. Os suspeitos negam os crimes.

O único suposto envolvido que não foi indiciado o adolescente J., primo do goleiro. Por ser menor de idade, seu processo é diferente e corre separadamente ao dos demais envolvidos. Ele aguarda julgamento pelo Juizado da Criança e do Adolescente de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).