Especialistas avaliam novo resgate de baleia jubarte encalhada no RS
A baleia jubarte encalhada na costa do Rio Grande do Sul está consciente e seu estado de saúde surpreende biólogos e veterinários. Apesar de o animal ainda correr risco de morte, os especialistas avaliam a possibilidade de uma nova operação de resgate.
Na manhã de hoje, alguns testes foram feitos, e foi verificado que o animal possui reflexos regulares, embora diminuídos. Sua saúde nutricional é boa e seu corpo não possui ferimentos graves. Um dos receios da equipe era de que a operação de resgate de terça-feira tivesse ferido o animal, o que não ocorreu.
“O estado de saúde dela é melhor do que imaginamos pelo tempo que está na areia. Ela está mais fraca do que no primeiro dia e ainda pode vir a morrer a qualquer momento. Mas existe a possibilidade de um novo resgate”, avalia o biólogo Paulo Henrique Ott, professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs),
Segundo o especialista, durante a tarde será discutida a viabilidade de uma nova operação logística para o desencalhe da jubarte.
Encalhada desde sábado na praia de Capão Novo, no litoral norte gaúcho, a baleia foi libertada com o auxílio de dois rebocadores na tarde de terça-feira. No entanto, ontem ela amanheceu novamente presa, no mesmo lugar onde estava no dia anterior.
O novo encalhe pode ter sido devido à sua desorientação. A baleia não conseguiu ultrapassar todos os bancos de areia até chegar em alto mar.
Com a chegada a Capão Novo, na tarde de ontem, de uma nova equipe de especialistas que fazem parte de uma rede que monitora os mamíferos marinhos no país, foi possível saber mais sobre o animal. Trata-se de uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) de 12 metros de comprimento e cerca de 25 toneladas. Os veterinários não conseguiram determinar seu sexo, mas, pelo comprimento, seria um exemplar adulto, entre cinco e seis anos de idade.
No final da manhã, um boletim sobre o estado de saúde da baleia, assinado pelo veterinário do Instituto Baleia Jubarte Milton Marcondes, foi emitido. Segundo o relatório, o animal está consciente, “acompanhando com os olhos o movimento das pessoas ao seu redor”. Entretanto, seu quadro é grave e piora com o passar do tempo.
“A situação é grave e o prognostico é reservado. Não é possível avaliar se o animal teria chance de sobrevivência no caso de se conseguir colocá?lo de volta ao mar, porém o seu bom estado nutricional e a ausência de ferimentos tornam uma segunda tentativa de resgate uma opção a ser cogitada”, conclui o informe.
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