Topo

Vento dificulta combate a incêndios em parques do Distrito Federal e Goiás

Camila Campanerut<br>Do UOL Notícias

Em Brasília

20/09/2010 21h27

Dois incêndios destroem parte do Parque Nacional de Brasília, no Distrito Federal, e da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, desde o fim de semana. O Corpo de Bombeiros do DF trabalha desde a manhã do domingo (19) para apagar o incêndio na reserva natural também conhecida como parque da Água Mineral. No local estão mais de 230 bombeiros e 50 brigadistas do Instituto Chico Mendes, que estão combatendo as chamas com 24 carros, três helicópteros e dois aviões. Já foram devastados cerca de 10 mil hectares do Parque Nacional de Brasília, o equivalente a 25% do local.

“O vento muito forte e a vegetação muito seca fizeram com que aquilo que se queima em uma semana se queimasse em um dia”, disse o capitão Fábio Ribeiro, do Corpo de Bombeiros do DF. A unidade federativa está sem chuva há 117 dias, segundo o Inmet 9 Instituto Nacional de Meteorologia), e hoje o governo decretou situação de emergência devido à queimada e à baixa umidade relativa do ar.

Incêndio no Parque Nacional de Brasília faz DF decretar situação de emergência

Um incêndio também destrói o parque nacional da Chapada dos Veadeiros, a 250 km de Brasília, no Estado de Goiás. Segundo o coordenador-geral de proteção ambiental do Instituto Chico Mendes, Paulo Carneiro, serão necessários pelo menos mais dois dias sem vento para controlar o fogo.

Segundo Carneiro, a queimada na reserva foi criminosa e ocorreu no último sábado à tarde pouco depois de ter sido controlado um outro incêndio no local, que durou quase uma semana para ser extinto.

Trabalham na reserva cerca de 70 homens do Corpo de Bombeiros de Goiás e outros 11 do batalhão de Pirenópolis, cidade vizinha ao parque, serão enviados amanhã ao local. Também estão sendo usados dois aviões e um helicóptero para controlar as chamas. Aproximadamente 20 mil hectares, ou 30% do parque, já foram devastados.

“Com o vento muito forte, fica difícil de utilizar a aeronave. Se ficarmos um ou dois dias sem ventar forte, conseguiremos dominar as chamas”, disse Carneiro.