No RS, índios entram em acordo e liberam estrada para soltura de cacique
Depois de uma reunião com a presença do Ministério Público do Rio Grande do Sul e os prefeitos dos municípios de Nonoai, Gramado dos Loureiros e Planalto, no norte do Estado, os índios caingangues que mantinham a estrada ERS-324 bloqueada decidiram liberar o tráfego aos poucos.
A interrupção, nas proximidades da reserva Bananeiras, próximo ao município de Planalto, a 406 km de Porto Alegre, é decorrente da prisão do cacique José Oreste do Nascimento, de 60 anos.
No fim da tarde desta terça (dia 12), foi acordado que os índios manterão a estrada fechada em intervalos de uma hora e liberarão o trânsito em espaços de 30 minutos, até a soltura do cacique.
Um grupo de cerca de 200 índios bloqueava, desde o fim da tarde de segunda (11), a estrada ERS-324. A interrupção, nas proximidades da reserva Bananeiras, perto do município de Planalto, a 406 km de Porto Alegre, ocorreu após a prisão do cacique José Oreste do Nascimento, de 60 anos.
O líder indígena e seu filho, Gélson do Nascimento, de 37 anos, foram presos nessa segunda-feira em uma operação das polícias Federal, Civil e Brigada Militar para o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Gramado dos Loureiros e na reserva de Serrinha, na cidade de Ronda Alta. A polícia investiga o envolvimento de índios caingangues em um assalto a banco no município, em junho, que resultou em duas mortes.
Na operação de ontem, também foi preso o vice-prefeito de Gramado dos Loureiros e filho do cacique, Erpone Nascimento, que ganhou liberdade após pagar fiança. Entre o material encontrado, estão espingardas de grosso calibre com numeração raspada e munição.
Segundo o vice-prefeito, as armas encontradas pela polícia são de caçadores que estavam na reserva e fugiram ao serem descobertos pelos caingangues no final de semana.
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