Surfista morre após ficar preso em rede de pesca no RS
O estudante Thiago Rufatto, 18, morreu na tarde da última segunda-feira (1º) após ficar preso em uma rede de pesca enquanto surfava na praia de Capão da Canoa, no litoral norte do Rio Grande do Sul.
Rufatto e um grupo de amigos surfavam quando a rede de pesca avançou sobre eles. Todos conseguiram escapar, menos o estudante, que cursava o terceiro semestre do curso de administração na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
A prancha do jovem ficou presa na rede e ele morreu afogado. Seu corpo foi encontrado boiando cerca de 30 minutos depois do episódio. Rufatto foi socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.
Segundo o delegado Heraldo Guerreiro, que investiga o caso, a área em que os surfistas estavam não possui sinalização, embora seja destinada somente à pesca. O dono da rede ainda não foi identificado.
Quem deve ser responsabilizado pelo caso é o município de Capão da Canoa, mas o inquérito ainda está no início, disse Guerreiro.
49º caso
Esta foi a 49ª morte do tipo já registrada no Estado desde 1978, segundo a Federação Gaúcha de Surf. A Secretaria de Segurança Pública do Estado afirma que não tem esse levantamento.
O acidente reacendeu a discussão sobre as áreas delimitadas à pesca e ao lazer nas praias gaúchas. De acordo com a lei estadual 8.676/88, todos os municípios gaúchos com praias, sejam estas de mar, lagoa ou rio, devem demarcar os locais destinados aos esportes, à pesca e ao lazer por meio de balizas, placas e dizeres “visíveis e permanentes”. A fiscalização deve ser feita pelas prefeituras.
Na tarde desta quarta-feira (3), o secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Capão da Canoa, André Avelino dos Santos, afirmou que a prefeitura instalará quinze placas delimitando as áreas de banho e pesca. Segundo ele, a sinalização colocada na areia geralmente é estragada pelo tempo ou furtada.
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