Implosão de rocha provoca "chuva de pedra" e atinge casas e moradores de cidade em MG
Ao menos 30 casas foram atingidas por pedras de tamanhos variados na cidade mineira de Nanuque, no Vale do Mucuri (a 618 km de Belo Horizonte), após uma empreiteira da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) realizar a implosão de uma rocha localizada em um bairro do município que terá implantada nova rede de esgoto.
Segundo a Polícia Militar, a comerciante Luciana de Magalhães, 40, sofreu lesões na perna esquerda, e o estudante Rodrigo Nascimento Chaves, 13, apresentou lesões no tornozelo da perna direita. Eles foram atendidos em um hospital da cidade e liberados em seguida.
As pedras também atingiram imóveis localizados no bairro Israel Pinheiro, na periferia da cidade.
Ainda de acordo com a corporação, a família moradora de uma das casas foi levada a um hotel da localidade. Algumas pedras lançadas em ruas vizinhas ao local da detonação somente puderam ser retiradas com a ajuda de um trator.
A assessoria de imprensa da Copasa informou, por meio de nota, que medidas de segurança foram tomadas, mas reconheceu falhas no procedimento e explicou que as causas do acidente estão sendo apuradas.
“Apesar de a Copasa ter seguindo todas as recomendações técnicas exigidas e controlada por profissionais qualificados do Ministério do Exército, infelizmente ocorreu um acidente que está sendo apurado. Antes da explosão, a área foi isolada e os moradores foram orientados a se retirarem das casas durante o processo de implosão da rocha”, explicou a nota.
A empresa afirmou que vai ressarcir os prejuízos causados aos moradores. Segundo o delegado regional da Polícia Civil em Nanuque, Luis Carlos de Araújo, foi instaurado inquérito e as investigações sobre o acidente deverão ser concluídas em 30 dias. Foram ouvidos, até o momento, o técnico em explosivos e o engenheiro responsável pela obra.
“Nós instauramos inquérito para apurar possível crime de explosão, previsto no Código Penal, artigo 251, parágrafo 3º. A empresa fez três detonações, e vislumbramos, em um primeiro momento, que houve negligência nas normas de segurança e também erro de cálculo, mas somente a perícia vai determinas as causas do acidente”, afirmou o policial.
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