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Seis presos morrem em rebelião no MA; pescador que teve filhos-netos estava entre os mortos

Francisco Jr.*<br>Especial para o UOL Notícias

Em São Luís

08/02/2011 15h00Atualizada em 08/02/2011 18h11

Seis presos foram mortos durante uma rebelião no 2º Distrito Policial de Pinheiro (330 km de São Luís), no Maranhão, que começou na noite de segunda-feira (7). O motim foi encerrado no início da tarde de hoje após um acordo que garantiu a retirada dos presos para os municípios de origem. Dos seis mortos, quatro foram decapitados.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os assassinados eram acusados de pedofilia ou estupro, como José Agostinho Bispo, de 55 anos. Conhecido como o "Monstro de Pinheiro", Bispo foi preso em junho do ano passado, após ser condenado a 63 anos de prisão por abusar sexualmente de suas duas filhas, com quem teve filhos-netos. Uma das filhas foi mantida em cárcere privado por 16 anos.

A rebelião começou por volta das 22 horas de ontem (7) e terminou por volta das 13h de hoje. Um acordo que garantiu a retirada dos presos para os munícipios de origem encerrou o motim.

Em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje na sede do governo do Estado, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, confirmou a transferência dos detentos. Ele atribuiu a rebelião a uma tentativa de fuga frustrada. A superlotação da delegacia, que tinha capacidade máxima para 40 presos e possuía mais de 96, também foi apontada como um dos motivos. Na coletiva foi anunciado que o governo do Estado vai construir um presídio em Pinheiro com capacidade para 396 vagas.

As precárias condições do local já tinham motivado uma rebelião em junho de 2010. Na época, o local já apresentava problemas de superlotação. A procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos, lembrou que a promessa de reformar a delegacia não fui cumprida. "Isto é uma reclamação antiga. Houve um compromisso de reformar a delegacia e a delegacia não foi reformada em sua totalidade", afirmou.

*Com informações da Agência Brasil