Seis presos morrem em rebelião no MA; pescador que teve filhos-netos estava entre os mortos
Seis presos foram mortos durante uma rebelião no 2º Distrito Policial de Pinheiro (330 km de São Luís), no Maranhão, que começou na noite de segunda-feira (7). O motim foi encerrado no início da tarde de hoje após um acordo que garantiu a retirada dos presos para os municípios de origem. Dos seis mortos, quatro foram decapitados.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os assassinados eram acusados de pedofilia ou estupro, como José Agostinho Bispo, de 55 anos. Conhecido como o "Monstro de Pinheiro", Bispo foi preso em junho do ano passado, após ser condenado a 63 anos de prisão por abusar sexualmente de suas duas filhas, com quem teve filhos-netos. Uma das filhas foi mantida em cárcere privado por 16 anos.
A rebelião começou por volta das 22 horas de ontem (7) e terminou por volta das 13h de hoje. Um acordo que garantiu a retirada dos presos para os munícipios de origem encerrou o motim.
Em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje na sede do governo do Estado, o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, confirmou a transferência dos detentos. Ele atribuiu a rebelião a uma tentativa de fuga frustrada. A superlotação da delegacia, que tinha capacidade máxima para 40 presos e possuía mais de 96, também foi apontada como um dos motivos. Na coletiva foi anunciado que o governo do Estado vai construir um presídio em Pinheiro com capacidade para 396 vagas.
As precárias condições do local já tinham motivado uma rebelião em junho de 2010. Na época, o local já apresentava problemas de superlotação. A procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos, lembrou que a promessa de reformar a delegacia não fui cumprida. "Isto é uma reclamação antiga. Houve um compromisso de reformar a delegacia e a delegacia não foi reformada em sua totalidade", afirmou.
*Com informações da Agência Brasil
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