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Alckmin estipula salário mínimo paulista em R$ 600

Maurício Savarese

Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

09/02/2011 16h30

Após reunião com centrais sindicais, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu nesta quarta-feira (9) enviar à Assembleia Legislativa uma proposta de reajuste de salário mínimo no Estado para R$ 600 a partir de abril. O valor significa um reajuste de 7,14% e será concedido a domésticas, serventes, trabalhadores da agricultura, entre outros.

Durante o anúncio no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin evitou críticas à presidente Dilma Rousseff, que deve enviar ao Congresso uma proposta de reajuste do piso nacional para R$ 545.

O governador tampouco endossou a proposta do antecessor, José Serra, para elevar o salário mínimo nacionalmente ao mesmo valor proposto em São Paulo. “Cada Estado tem a sua realidade econômica e é para isso que existe o piso regional”, disse Alckmin. “O máximo que pudermos ter no salário mínimo, melhor. Mas essa é uma tarefa federal.”

O governador anunciou três pisos salariais distintos. Um mínimo, uma segunda faixa de R$ 610 (incluindo operadores de máquinas, carteiros, cabeleireiros, operadores de telemarketing, entre outros), e uma terceira de R$ 620 (trabalhadores de serviços de higiene, agentes técnicos, técnicos em eletrônica e outros).

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Para servidores do Estado, o mínimo será de R$ 630, beneficiando 33 mil trabalhadores da ativa e aposentados. Hoje, o piso para esses funcionários é de R$ 590.

O piso paulista é ajustado anualmente com base na inflação do ano anterior e no crescimento da economia estadual de dois anos antes. O mesmo modelo foi aplicado pelo governo federal na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Alckmin, o salário paulista é maior do que o nacional porque “as condições da demanda de mão-de-obra de custo de vida no Estado levam, de um modo geral, a salários superiores à média nacional”.

O secretário do Emprego e do Trabalho, Davi Zaia, afirmou que, a partir de 2012, o reajuste estadual será concedido a partir de 1º de março, e não em 1º de abril, como foi até este ano.