Suspeito de matar supervisora de vendas era foragido da Justiça condenado a 14 anos
A Polícia Civil de São Paulo afirma que um dos suspeitos de matar a supervisora de vendas Vanessa de Vasconcelos Duarte, 25, --desaparecida no último sábado em Barueri e encontrada morta e violentada, domingo, em uma estrada em Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo-- é um ex-detento, com “perfil complicado”.
“É criminoso contumaz, um camarada que passou muito tempo preso”, afirmou o delegado Zacarias Tadros, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da delegacia seccional de Carapicuíba, que preferiu não fornecer o nome do procurado, que é tido como fugitivo do sistema prisional. Ele tem 14 anos de condenação, mas o delegado não informou também por qual crime.
A Justiça decretou nesta sexta-feira (18) a prisão temporária do suspeito. Segundo a polícia, o crime teve motivação sexual. O alvo do delegado é o homem descrito no primeiro retrato falado divulgado pela polícia, que teria tido “papel preponderante” na ação.
Pelas informações da polícia, o objetivo da ação criminosa era o de “possuir a menina sexualmente”. De toda forma, as autoridades evitam classificar o suspeito como maníaco. “Não tem distúrbio. É criminoso mesmo. Infelizmente, tem mente deturpada”, contou.
Em entrevista coletiva na sede da seccional de Carapicuíba, Tadros afirmou que o suspeito provavelmente agiu de forma premeditada e acompanhava a vítima há algum tempo. “Infelizmente, é um crime a que todos nós estamos sujeitos. Ela estava lá. O sujeito já deveria estar monitorando e aproveitou uma situação de descuido”, disse.
Polícia divulga retrato falado do segundo suspeito de ter participado do assassinato de Vanessa
Para o delegado, as evidências indicam que a vítima foi surpreendida pouco após deixar a casa do noivo em Barueri no sábado de manhã, quando seguia de carro para um curso de maquiagem em São Paulo. A autoridade policial contou que haveria farto número de provas contra o procurado.
A polícia não confirmou que o suspeito seria vizinho de Vanessa, informação divulgada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" hoje, mas admitiu, na sequência, que ele morava a cerca de 470 metros da vítima. “A Vanessa com certeza conhecia ele. Conhecia, mas não significa que tinha relação com ela”, limitou-se a afirmar o delegado, quando perguntando sobre a relação entre autor e vítima do homicídio. Também não se sabe há quanto tempo os dois se conheciam.
Como apontam as investigações policiais, duas pessoas teriam participado do crime. Não é descartada a possibilidade de a abordagem ter sido feita por apenas um dos suspeitos. Segundo o delegado, após ser dominada, Vanessa foi provavelmente amarrada e levada diretamente para o local em que foi estuprada e asfixiada até a morte. O policial disse ainda que um “detalhe” fez com que a dupla resolvesse assassinar Vanessa -- mas ele não forneceu explicações sobre tal motivação.
Tadros assumiu que a polícia ainda está com poucas informações sobre o segundo autor do crime -- descrito no segundo retrato-falado divulgado na quinta-feira (17). De toda forma, o delegado sustenta que, assim que capturar o primeiro procurado, chegará “automaticamente” ao segundo. “Seriam eventualmente até parentes.”
Histórico
A supervisora de vendas desapareceu na manhã do sábado depois de deixar, sozinha, a casa do noivo em Barueri. Ela iria para Carapicuíba com o carro dele, onde se juntaria a três amigas para ir a um curso de maquiagem em São Paulo. Segundo o delegado, a moça provavelmente foi abordada entre as 8h40 e 9h30, ainda em Barueri.
Tadros afirma ainda que a morte de Vanessa aconteceu por volta das 10h15, em um matagal em Vargem Grande Paulista, na altura do km 41 da rodovia Raposo Tavares. Naquela mesma manhã, as amigas estranharam a demora de Vanessa e tentaram achá-la.
Um policial militar e dois amigos da supervisora decidiram realizar buscas por conta própria. No fim da tarde de domingo, o trio foi informado sobre um local de desova de carros e decidiram conferir. Acharam o corpo de Vanessa no meio da mata.
Laudo
O delegado confirmou que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a supervisora de vendas morreu por asfixia. Apesar de as redes de televisão terem divulgado o resultado da autópsia ontem, Tadros alegou só ter tomado conhecimento do documento hoje.
Pela conclusão do laudo, assinado pelo perito Jorge Pereira de Oliveira, a causa da morte foi “asfixia respiratória por constrição mecânica do pescoço”. Pela análise do especialista, Vanessa foi sufocada tendo sua língua retraída por um absorvente íntimo feminino. O documento também aponta que houve agressões e sinais de violência sexual.
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