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Organizadores divulgam programação da cerimônia para beatificação de irmã Dulce

O processo de beatificação da freira começou em 1999 e encerrou-se em 10 de dezembro do ano passado, quando o papa Bento 16 assinou o decreto reconhecendo um milagre por intercessão dela - Divulgação/Arquivo Osid
O processo de beatificação da freira começou em 1999 e encerrou-se em 10 de dezembro do ano passado, quando o papa Bento 16 assinou o decreto reconhecendo um milagre por intercessão dela Imagem: Divulgação/Arquivo Osid

Heliana Frazão<BR>Especial par ao UOL Notícias<BR>Em Salvador

17/03/2011 16h07

A comunidade católica da Bahia se prepara para a cerimônia de beatificação da irmã Dulce, que acontecerá no dia 22 de maio. Na manhã desta quinta-feira (17), a comissão organizadora do ato religioso apresentou todo o projeto da cerimônia, preparado conjuntamente pela Arquidiocese de Salvador e representantes da Obras Assistenciais Irmã Dulce (Osid). A partir da cerimônia, a freira será considerada oficialmente beata, título dado àqueles que estão a um passo da santificação pela Igreja Católica.

Para marcar a data, uma grande estrutura será montada no parque de exposições de Salvador com a atuação de 2.000 voluntários originários das paróquias da cidade. A expectativa de Maria Rita Pontes, superintendente da Osid, é de que 60 mil pessoas participem da cerimônia –a programação deve começar por volta das 17h. “Esperamos caravanas de várias regiões da Bahia e do Brasil, de locais onde irmã Dulce tem admiradores da sua obra”, disse Maria Rita. Os portões serão abertos às 14h.

Os ingressos, com distribuição gratuita, estarão à disposição dos interessados a partir da primeira semana de maio. Poderão ser retirados nas paróquias da capital, na sede da Osid (no largo de Roma, Cidade Baixa) e na sede da arquidiocese (no bairro do Garcia, centro da capital baiana). As pessoas de fora da cidade já podem encaminhar email para o endereço cerimonial@irmadulce.org.br solicitando credenciamento. Os ingressos serão enviados pelos Correios.

Policiais militares e agentes particulares garantirão a segurança do público. De acordo com o padre Manoel Filho, coordenador da cerimônia, haverá ainda postos de saúde, ambulâncias e banheiros químicos funcionando no local.

Antes da cerimônia, os fiéis assistirão a um espetáculo encenado por 700 crianças e adolescentes do Centro Educacional Santo Antônio (Cesa). Haverá ainda a apresentação de um coral com 200 vozes. “Está tudo muito bem encaminhado. Será uma grande festa religiosa” disse o padre.

A beatificação será presidida por dom Geraldo Majella, nomeado delegado papal pelo pontífice Bento 16, e pelo novo arcebispo de Salvador e, dom Murilo Kriger, que assume a arquidiocese no próximo dia 25.

O ponto alto da celebração será o rito de beatificação, com a leitura da biografia da freira, a leitura da proclamação de beatificação e a apresentação da imagem oficial de irmã Dulce já como beata. Em seguida, será entoado o hino de irmã Dulce, composto por um frei capuchinho. A estimativa é que a festa seja encerrada por volta das 19h30.

As festividades, contudo, já começam no dia anterior, quando será celebrada, às 16h, uma missa no santuário de irmã Dulce, seguida de vigília.

Dois dias depois (24 de maio), será celebrada outra missa, dessa vez, de agradecimento, no mesmo local. No dia 28 de maio, também terá missa de consagração e instalação da igreja e santuário de Irmã Dulce, a partir das 8h30.

História

O processo de beatificação da freira começou em 1999 e encerrou-se em 10 de dezembro do ano passado, quando o papa Bento 16 assinou o decreto reconhecendo um milagre por intercessão de irmã Dulce. Para que ela seja considerada santa, será necessária a comprovação de outros dois milagres. 

Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914. Demonstrou inclinação para a vida religiosa ainda muito jovem, por volta dos 13 anos, quando, apesar da vida confortável da sua família, mostrava preocupação com os pobres e moradores de rua –a quem doava roupas, alimentos, cuidava dos ferimentos e cortava as unhas e cabelos. Pouco tempo depois, entrou para um convento. Ela morreu em 13 de março de 1992, e deixou uma obra assistencial que quintuplicou de tamanho desde então.