Secretaria investiga telefonema feito por Bruno à noiva dentro de presídio; ouça
A Subsecretaria de Administração Prisional (Suap) de Minas Gerais abriu procedimento interno para investigar telefonema dado pelo goleiro Bruno Souza à noiva, a dentista carioca Ingrid de Oliveira, em dezembro do ano passado, que teria sido feito por meio de um telefone da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG).
O órgão, que é responsável pela unidade prisional, vai averiguar se houve conivência de funcionários da unidade prisional, ou se o goleiro teria abusado da confiança de agentes. Ele está preso há um ano no local acusado de envolvimento no sumiço de Eliza Samudio, sua ex-amante.
Segundo a subsecretaria, telefonemas feitos por detentos somente são autorizados pela diretoria em razão de “motivo relevante”, o que não foi verificado na conversa entre o casal, cujo áudio foi captado com autorização da Justiça.
No áudio, uma mulher, que supostamente seria funcionária da unidade prisional, introduz Bruno na conversa e ainda manda um beijo para a noiva dele, demonstrando intimidade com a mulher. No início do diálogo, o goleiro deseja “feliz aniversário atrasado” e passa em seguida a discorrer sobre assuntos relativos à sua defesa. Em outro trecho, o casal troca palavras de carinho e amenidades.
“Amor, estou com saudades”, diz Ingrid, ressaltando a falta de “relevância”, a principal característica observada pela Suap para autorizar as ligações de detentos a parentes. Em outro ponto, Ingrid aconselha Bruno a não se indispor com “a Globo”, em alusão à entrada de um advogado na defesa do goleiro que participa de um programa da Rede TV!
A mulher ainda relata ter sentido a falta do jogador na comemoração do seu aniversário, mas ressalta que iria visitá-lo em breve e promete: “Eu vou para dormir com você”.
O goleiro responde dizendo que tem de “matar um leão por dia” na cadeia e “tem hora que dá vontade de chorar e fazer loucura”. Bruno diz ainda vencer os momentos de depressão com oração. “A gente pede a Deus lá todo dia à noite para ele abençoar.”
Ingrid faz menção, sem citar nomes, a uma juíza, que teria indicado um advogado a ela, tratando a juíza de “amiga”.
A noiva ainda reclama de ter sido hostilizada por outras mulheres de presos no local, por supostamente ter sido beneficiada em horário de visitas, em detrimento das outras visitas. E finaliza a conversa dizendo: “Não quero desligar”.
A subsecretaria não informou qual será o prazo de duração das investigações.
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