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Policial que liberou assassino de líder do AfroReggae recebe 30 dias de prisão no Rio

Hanrrikson de Andrade

Especial para o UOL Notícias<BR>No Rio de Janeiro

03/08/2011 15h31

O capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro Dennys Leonard Nogueira Bizarro foi punido nesta terça-feira (2) com 30 dias de prisão preventiva pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. O oficial é acusado de omitir socorro ao coordenador social do grupo AfroReggae, Evandro João da Silva, morto após sofrer um assalto em outubro de 2009 no centro da capital fluminense.

A prisão já havia sido confirmada pelo próprio secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que soube pela imprensa carioca que Bizarro estava trabalhando no Colégio da Polícia Militar, destinado exclusivamente a 400 filhos de PMs. Ainda não há data estipulada para o início da sentença.

Bizarro, lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar (Praça Tiradentes), foi flagrado por câmeras de segurança da rua do Carmo no momento em que conduzia uma viatura pelo local do crime. Ele e outro PM, o cabo Marcos de Oliveira Sales, chegaram a revistar os bandidos e liberá-los em seguida. No exato momento da captura, a vítima estava agonizando no chão após levar um tiro.

Segundo a Polícia Militar, além da liberação dos criminosos e da omissão de socorro, os dois PMs também são acusados de terem se apropriado do tênis e do casaco que tinham sido roubados da vítima. Em dezembro do ano passado, Bizarro e Sales foram punidos com suspensão condicional de dois anos pela Auditoria de Justiça Militar.

O coordenador do AfroReggae foi vítima de latrocínio após sair de uma boate no Arco do Teles, no centro do Rio, por volta de 1h30. Quando passava pela esquina das ruas do Carmo e Ouvidor, ele foi abordado por dois homens. Um deles portava um revólver calibre 38, a arma do crime, abandonada em uma lixeira próxima ao corpo.