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Polícia de Salvador investiga matança de gatos em condomínio residencial

Heliana Frazão

Do UOL Notícias, em Salvador

22/11/2011 18h40

A Polícia Civil de Salvador está investigando a morte de 15 gatos ocorrida no último final de semana, no condomínio residencial de classe média Morada do Parque, no bairro do Imbuí. Os animais eram mantidos no condomínio sob os cuidados de moradores, que os alimentavam diariamente. A suspeita é de que um morador que vivia reclamando da presença dos felinos –e inclusive já os havia ameaçado–, tenha envenenado os animais com chumbinho (um potente raticida cuja comercialização é proibida).

Segundo o advogado e morador, Marcio Vinhas Barreto, os animais habitavam o local havia mais de sete anos. Alguns chegaram a dar cria no condomínio, mas os filhotes desapareceram. Moradores garantem que os gatos eram inofensivos e que as crianças brincavam regularmente com eles.

Indignado com a matança, Barreto procurou a 9ª Delegacia de Polícia, no bairro da Boca do Rio, para registrar a ocorrência. O advogado também já levou o caso ao conhecimento da Promotoria Estadual do Meio Ambiente.

Para provar que os bichos foram supostamente envenenados, o morador levou parte da ração que eles comiam para análise e encaminhou os corpos de quatro deles para perícia no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

“Foi uma crueldade o que fizeram com esses bichinhos dóceis e inofensivos”, reclamou Barreto, defendendo punição para o autor da matança. A expectativa é de que o resultado da necropsia saia em dez dias.

Cães envenenados

No mês passado, 47 cães, um gato e duas galinhas foram envenenados também por chumbinho no município de Amélia Rodrigues (80 km de Salvador). Inquérito da Polícia Civil concluiu que o fazendeiro João Barros de Oliveira, conhecido com João Roque, ex-prefeito da cidade de Conceição do Jacuípe, foi o autor do crime.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que denunciou o ex-prefeito. Ele responde por maus tratos a animais, previsto na Lei de Crimes Ambientais, que prevê detenção de três meses a um ano, além do pagamento de multa.