Moradores de áreas mais atingidas pelas chuvas em Luziânia pedem mais atenção
Depois de 40 dias de intensa chuva, a cidade histórica de Luziânia, na região do Entorno do Distrito Federal, entrou em situação de emergência por causa de alagamentos e inundações.
Na última segunda-feira (9), 15 famílias tiveram as casas invadidas pelas águas do Córrego Rio Vermelho. Os bairros mais afetados foram Alvorada, Mandu e Rosário, no qual o nível da água chegou a 2,70 metros de altura.
Os moradores das áreas mais atingidas reclamam e dizem que a prefeitura não está auxiliando, como deveria, os que precisam de ajuda. Um deles, o aposentado Altair Câmara Gomes, está inconformado.
Ele contou que, no dia 30 de novembro, o alagamento chegou a 1,5m, mas desta vez alcançou 2,70m. "O governo é culpado por tudo isso e por não cuidar do sistema de escoamento da cidade", disse ele.
Altair reclamou de ter perdido, pela segunda vez em menos de um mês, móveis e eletrodomésticos por causa dos alagamentos.
“Eu perdi tudo o que eu tinha conseguido depois do primeiro alagamento. Agora, meus prejuízos chegam a R$ 60 mil. É muito triste.”
Nos meses de chuva, o Córrego Rio Vermelho apresenta índices elevados em suas margens. Segundo o Corpo de Bombeiros, os alagamentos nos meses de novembro e dezembro ocorreram devido à precariedade dos dutos pluviais, que são pequenos, e à falta de vazão para o escoamento da água.
Na Vila Mandu, os moradores têm medo de atravessar a ponte sobre o córrego, por temer o desmoronamento dela, que tem rachaduras em toda a sua extensão.
No dia 30 de novembro, a menina Kamila Yasmin Rodrigues Menezes, de 12 anos, morreu afogada no Córrego Mandu, que corta o bairro de Santa Fé, depois de ser arrastada pela enxurrada por cerca de dois quilômetros. Segundo moradores do bairro, o acidente ocorreu quando a menina tentou atravessar a rua, que estava alagada.
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